Há algo de muito errado com Tapas e Bode. Os dois times acabaram por empatar em 1 x 1 nesta 4ª rodada e mostraram uma incapacidade crônica de vencer seus jogos. Com 4 partidas realizadas, o Bode terminou em igualdade em duas. Já o Tapas tem dois empates em apenas 3 jogos. Tanto empate – o Boa Pergunta soma dois também – já deixa as equipes em alerta.
Os gols saíram só no segundo tempo, e foram dois golaços. Porém, a dinâmica esteve longe de uma partida com muitas chances de gol e trabalho aos goleiros. Logo nos primeiros movimentos ficou clara a postura de cada time em campo: o Bode com a bola e atacando, enquanto o Tapas ficaria recuado esperando o contra-ataque. Porém, a primeira chegada do Bode foi justamente em contra-ataque, quando Gustavo ligou Gallego e a defesa chegou na hora H para interceptar seu chute.
Como na rodada passada, Caldera e Garcia formavam a dupla ofensiva do Bode, e foi ela que chegou em seguida, mas o lançamento de Caldera acabou em dividida do goleiro Alê com o camisa 6 e bola afastada. Aí foi Garcia quem tocou a Caldera, que deu um biquinho que passou rente a trave rasteira. Quando Gallego interceptou a saída de bola do Tapas, o zagueiro-ala deixou a Caldera, que tentou chute colocado no canto mas mandou fora. O mesmo fez Gustavo pouco depois.
A novela era a mesma das partidas anteriores do Bode: muita posse de bola e nenhuma efetividade no ataque. E a gente sabe que novela geralmente se transforma em drama, e assim seria no jogo. Já na metade da etapa o Tapas começou a se soltar mais e a levar perigo a Piero. Tomi carimbou a barreira em falta da direita e, em falta da esquerda, a bola foi rolada a Luz, que cortou para dentro e mandou o tiro que saiu a escanteio após desvio na defesa.
Aos 12 minutos, Alê precisou mostrar elasticidade para desviar bola venenosa de Gallego após rolada de Gustavo em cobrança de falta do meio de campo. No tiro de canto, Gallego apareceu bem e acertou a zaga. Daí até o apito final do primeiro tempo, o Tapas pressionou e se mostrou muito mais perigoso que o Bode.
Tomi apareceu pela esquerda em velocidade, avançou, deu rolinho e, na linha de fundo, cruzou para Baptista, mas a zaga salvou. Em nova chance, Brunão explodiu o travessão de Piero após interceptar passe tosco de Garcia atrás. E, finalmente, em outra jogada pela esquerda, Rapha recebeu na velocidade e mandou o chute! A arbitragem viu trave e assinalou o tiro de meta! Já o Tapas viu desvio providencial de Piero, livrando o Bode de ir para o intervalo com a derrota.
O Bode até finalizou mais vezes que nos outros jogos, mas a maioria tinha endereço certo – o alambrado. Assim foi com Caldera em chute após Iuri ser travado no meio em jogada individual; foi também com Gallego, jogando como um ala esquerdo avançado. O Tapas era mais perigoso e certeiro, tanto que na primeira chegada do segundo tempo Alemão obrigou Piero a defender com o pé. Aos 6 minutos, o goleiro nada pode fazer. Luz recebeu a bola no meio de campo, no canto direito. Dali partiu para o meio fazendo fila até invadir a área e tirar do goleiro à meia altura para anotar o golaço da rodada! 1 x 0!
Eis que a novela virou drama. Bode com a bola no pé maior parte do tempo e perdendo o jogo para um adversário que marcava bem e sabia usar o contra-ataque. O gol só fez o Tapas se fechar mais ainda e o Bode pressionar. O estreante Alemão mandou de bico e a bola saiu desviada a escanteio. Ele mesmo cabeceou após a cobrança e pegou mal, torto para fora. Mascherano também apareceu e mandou de longe. Alê agarrou com segurança. Caldera teve uma grande chance ao disparar e, ao entrar na área, meio sem equilíbrio, chutar para fora. Alemão chutou do meio fora e veio o pedido de tempo.
A tônica de pressão do Bode seguia a todo vapor. Caldera pela esquerda mandou por cima do gol. Iuri chutou rasteiro da entrada da área e Alê afastou com o pé. E Mascherano obrigou Alê a grande defesa e rebote, que foi salvo por um milésimo de segundo que a zaga chegou antes do atacante. O Bode parecia fadado a novo fracasso, mais ainda que as finalizações iam sempre para fora, como em jogada de Garcia com Iuri em que o camisa 12 concluiu.
Novo tempo técnico, desta vez do Tapas, visando esfriar o adversário. 5 minutos para o time segurar uma bela vitória. Entretanto, a perseverança do Bode foi recompensada aos 17 minutos, quando Garcia recebeu bola de lateral, arredondou ela no chão e colocou com categoria no ângulo de Alê! Outro golaço! Era o empate!
O Bode podia ainda ter vencido, já que, num contra-contra-ataque (!?!?), Alemão chutou, o goleiro desviou a escanteio, que, batido, fez a bola chegar a Iuri em cima da linha da área, mas o meninão mandou fora!
Empate com sabor de derrota para ambos os times. Ao Tapas, porque vencia e fazia grande jogo; ao Bode, porque segue com um joguinho um tanto quanto medíocre e sem objetivo, lembrando o glorioso São Paulo – tem a bola mas não sabe o que fazer com ela. Mesmo assim, o Bode chega à rodada final na 3ª posição, com 5 pontos, mas como folga nesta quinta, pode ver Boa Pergunta e o próprio Tapas encostar na tabela. O Tapas, com 2 empates, tenta diante do TSR sair da lanterna.
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