Na abertura da 6ª rodada do III Chuteira 5, as quatro últimas equipes do Grupo B tinham reais chances de chegar na rodada final com chances de classificação, mas o jogo-chave entre Fátima, então quarto colocado e com melhor pontuação, e A.A. seria o fiel da balança para decidir quem seguiria sonhando.
A partida fechou o dia e, apesar do anoitecer que se aproximava a passos largos, as duas equipes mostravam muito empenho dentro de quadra. A primeira boa chance do jogo foi do Fátima, quando Carlos Eduardo arrancou pela direita e bateu por cima do gol. Respondendo às ameaças, a dupla Patuco e Jaca mostrou entrosamento e também assustou o goleiro Leandrinho. Em bonita troca de passes, Jaca serviu o companheiro na ponta esquerda e o camisa 8 gingou pra cima do marcador e bateu cruzado, levando muito perigo à meta azul e branca do Fátima.
A partida seguia equilibrada, mas logo um nome ganhava destaque: Piero. O goleirão do A.A. comandava a defesa, organizava o time e ainda tinha tempo para operar milagres. De perto, de longe, da esquerda ou da direita, todas as bolas que tinham ou não o endereço do gol eram evitadas pelas mãos do arqueiro.
Com tanta segurança lá atrás, ficou mais fácil para o A.A. subir seguro para o ataque. E foi em uma dessas arrancadas que um escanteio nasceu. Na cobrança, Leandrinho não saiu para cortar a bola, que se ofereceu de presente para Spartacus, o Patuco, o guerreiro verde limão. Com um potente chute no canto esquerdo, o camisa 8 inaugurou o placar e deixou sua equipe em vantagem.
Atrapalhando demais os planos do Fátima, Piero ia colecionando “inimigos”. Em seu duelo pessoal com Guthi, o goleiro evitou pelo menos três arremates com endereço certo já no segundo tempo. Do outro lado, o ataque verde seguia buscando aumentar a diferença no placar, mas a falta de pontaria não ajudava.
Quando não eram as defesas de Piero, o Fátima esbarrava em outro problema: a trave. Mas goleiro bom tem sorte mesmo e no arremate forte de Kiyoshi, a bola venceu o arqueiro do A.A., mas explodiu com violência no poste direito, voltando quase para o meio da quadra.
Acomodados com a postura de contra-atacar, o A.A. deixou o domínio do jogo nas mãos do rival e isso não se mostraria uma decisão acertada. Apesar de também ter talento individual, o time verde limão abdicou da posse de bola e aos 12 minutos da segunda etapa sofreu exatamente o que plantou. Carrinho dentro da área e um jogador do Fátima estirado no chão. A falta de qualidade defensiva ocasionou uma penalidade indiscutível, infração dentro da área que serviu de castigo para a postura inacreditável do A.A. Na cobrança, Guthi finalmente venceu Piero e bateu cruzado, no alto, longe do alcance do goleirão, que não conseguiu operar esse milagre.
O empate até melhorou as coisas para o A.A., que cresceu e acordou, mas o preciosismo matou a melhor chance criada no segundo tempo. Patuco arrancou pela direita e cruzou na medida para Jaca, que tentou completar de letra, quando o certo era parar a bola e fuzilar o goleiro. O toque de classe se perdeu pela linha de fundo e o castigo veio a cavalo.
No finalzinho do jogo, já sem tempo para reação, a bola foi alçada na área verde limão e Carlos Eduardo apareceu livre, leve e solto para completar de primeira, à queima roupa, sem chance para o “São” Piero. Uma pena para o goleiro que fez de tudo para seguir vivo na competição, só não fez um gol.
A vitória do Fátima e o empate entre Submundo e Darcy ajudaram os portugueses a garantirem a vaga para o mata-mata. Já o A.A. deu as mãos para os dois outros times e também foi eliminado de forma precoce da competição.
Ficha técnica
A.A. 1 x 2 Fátima Team – 6ª rodada do III Chuteira 5
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