Em rotas antagônicas, Zenite e The Veras se encontraram para a disputa da 4ª rodada da XIV edição da Série Prata. De um lado, o time celeste que visa retornar à elite dourada da competição; do outro, o então lanterna, que já ligou o sinal de alerta para a ameaça crescente de jogar a Série Bronze no semestre que vem.
 
Com este contexto, o início da partida foi bem equilibrado, com as duas equipes procurando intensamente o ataque. A primeira boa oportunidade criada foi do Zenite, que subiu a marcação no campo de ataque e pressionou a saída de bola do Veras nas proximidades do gol, trazendo calafrios para os defensores, que, ocasionalmente, rifavam a bola. Em uma dessas situações, o goleiro azul e grená Ariel saiu mal da meta e concedeu lateral para o rival, que cobrou rápido e viu Negão cabecear pra fora com o gol aberto.
 
A resposta verense veio com João Claudio, que recebeu dentro da área, girou e exigiu os reflexos sempre bem alinhados de Léo Ballestero. Mas, apesar de chegar ao ataque, faltava mais tranquilidade para o Veras trabalhar a bola no setor ofensivo. O desespero e os erros de passe foram minando as chances do time inaugurar o marcador.
 
Do outro lado, o Zenite conseguia trabalhar a bola com todos seus jogadores, envolvendo o adversário e amadurecendo o primeiro tento, que de fato saiu aos 9 minutos. Em rápida tabela, Fê Toledo lançou Negão, que desta vez não bateu no gol e sim serviu Dutra, que vinha de trás e pegou em cheio nela para balançar as redes.
 
O revés pareceu mexer com o lado emocional do Veras, que viu o bom goleiro Ariel – que substituía a lenda Benga – falhar feio. Em lançamento da defesa para o ataque, o arqueiro saiu decidido a interceptar a bola, mas passou um pouco do tempo, soltando um verdadeiro presente nos pés de Leo Alario, que estava muito bem posicionado e não desperdiçou a oportunidade, abrindo assim 2 x 0.
 
Da metade da primeira etapa em diante, o Veras não viu mais a cor da bola. O time estava perdido em quadra, não conseguia executar nenhuma ação corretamente. Nem marcava, nem atacava. Restava se defender como podia e torcer para o intervalo chegar e reorganizar a casa. Em contrapartida, o Zenite tentou várias vezes dilatar o marcador, mas a trave no chute de Rapha Hulk e o pé do goleiro no arremate de Fê Rampazo atrapalharam os planos do time celeste.
 
O segundo tempo foi dividido em duas fases: o ataque intenso do Zenite e a reação inesperada do The Veras. Logo no início, Dutra tabelou com P.O., que devolveu na medida e deixou o meia de frente para o crime. Aí foi só chapar no canto esquerdo e correr para o abraço! Alguns minutos depois, Levy mostrou boa percepção e roubou a bola no campo de ataque, partindo livre de frente com o goleiro e finalizando no contrapé para anotar seu gol. 4 x 0.
 
O The Veras reagiu ao quarto gol adversário e conseguiu descontar após João Claudio bater prensado e a bola sobrar para Vitinho, que pegou de chapa e colocou no contrapé do goleiro. Mas o tento não refletia exatamente a postura azul-grená na partida. O time não conseguia superar a marcação e desperdiçava muitos passes teoricamente simples.
 
Em ritmo de treino, o Zenite seguia cozinhando o jogo e só subia para o ataque para marcar. Aos 19, Dieguinho recebeu cobrança de falta ensaiada na esquerda e bateu quase sem ângulo, marcando um bonito gol. No minuto seguinte, a força celeste se concretizou e a vantagem chegou aos cinco gols de diferença. Léo Alario foi lançado cara-a-cara e colocou embaixo das pernas do goleiro. 6 x 1!
 
O problema de tal vantagem foi deixar o Zenite na zona de conforto. Em apenas quatro minutos, o time assistiu ao adversário jogar e só não levou mais gols pela falta de tempo. Em ritmo frenético, o time azul e grená marcou três vezes e mostrou que tem capacidade para fugir da incomoda situação de crise que vive. O primeiro veio com João Claudio, escapando pela direita e batendo com força; na sequência, após bonita tabela, Vitinho serviu Nico, que driblou um rival e bateu colocado; o quarto e último tento foi novamente de Nico, ganhando na raça do marcador e batendo forte de fora da área, um bonito gol. O The Veras ainda teve tempo de reclamar de duas penalidades não marcadas e perder o atacante João Claudio por expulsão.
 
Com a vitória, o Zenite chegou à terceira colocação do Grupo B e soma 10 pontos. Na lanterna e sem pontuar, o The Veras segue respirando por aparelhos. A próxima rodada reserva os seguintes confrontos: Zenite x Ras Time e The Veras x Opalas.

Ficha técnica

Zenite 6 x 4 The Veras – 4ª rodada do XIV Chuteira de Ouro

Gols: Dutra (2), Leo Alario (2), Levy e Dieguinho (Z); Nico (2), João Claudio e Vitinho (T)

Cartão amarelo: Levy (Z)

Cartão vermelho: João Claudio (T)

MVPs: 1 – Dutra (Zenite); 2 – Leo Alario (Zenite); 3 – Nico (The Veras)