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Na estreia do Real Paulista na Série Ouro, Vingadores apronta e dá boas-vindas às avessas

Ansiedade, nervosismo, pressão. Depois do trauma, chega a hora da explicação. Melhor time de sua chave, o Real Paulista se classificou para a Série Ouro ainda na primeira fase da última edição do Chuteira de Prata, situação que criou expectativa para a estreia na elite, mas que parece ter causado um efeito colateral.
 
Do outro lado, o Vingadores acendeu a luz vermelha. Após conquistar apenas duas vitórias em nove jogos, os heróis não voltaram para a Série Prata porque Jeremias e É Verdadeee conseguiram campanhas ainda piores e ocuparam as duas vagas do descenso.
 
Os debutantes de branco chegavam embalados, com o banco de reservas cheio de boas opções e algumas novidades no elenco. Mas quem começou melhor a partida foi o time preto vingador. Com muito espaço, Edinho mostrou seu cartão de visitas para o goleiro Pietro: dois arremates de média distância que fizeram o arqueiro sujar o uniforme. Em contrapartida, o Real não conseguia sair de trás e errava muitos passes no setor criativo. O time só foi chegar ao primeiro chute perigoso ao gol de Rapha quando Cadu deixou os suplentes e assumiu o comando do ataque real.
 
E foi com o pivô que o Paulista conseguiu equilibrar o jogo. Cadu serviu Mené, mas o camisa 27 perdeu a passada e não conseguiu finalizar do jeito que queria, explodindo a bola no peito do arqueiro rival. A vingança foi rápida e letal. À primeira vista, o atacante Jé parece só um trombador que marca presença na área. Com porte físico típico de um pivô, o camisa 16 do Vingadores cadencia o jogo a bel prazer, ditando para a bola, para os companheiros e para os adversários o próprio ritmo. Seu primeiro ato na partida foi aos 11 minutos, recebendo passe de Diogão e girando pra cima da marcação, finalizando de canhota no ângulo superior de Pietro, que nada pôde fazer. Golaço! 1 x 0.
 
O tento causou dois efeitos antagônicos: o Real assimilou o golpe e ficou perdido; o Vingadores assumiu as rédeas da partida e passou a ameaçar a defesa adversária para dilatar o marcador. Tanto que apenas três minutos depois Carlinhos recebeu de Cesar e demonstrou uma frieza surpreendente diante do goleiro, finalizando dentro da área com um toque sutil e eficaz. 2 x 0.
 
Cadu não conseguiu carregar o RP Classic diante de um Vingadores reforçado com, entre outros, Diogão, ex-CAV

A estreia de sonho logo virou um pesadelo para o Real Paulista. O time não conseguia mais se encaixar, parecia trabalhar em blocos independentes, fora de um conjunto. Oposto a isso, o Vingadores trabalhava a bola com tranquilidade e cadência, como uma banda de jazz que improvisa sobre o palco. Pouco antes do apito final da primeira etapa, Jé fez seu “solo” mais uma vez. Bem posicionado, recebeu de Cesar e completou livre, leve e solto pro fundo da meta de Pietro. No minuto seguinte – ainda sem ter como se recuperar – o Real sofreu outro baque: Carlinhos saiu frente a frente com o goleiro e não foi fominha, rolando na medida para Jé se consagrar. 4 x 0!
 
A segunda etapa não começou muito diferente para o time branco. Logo aos dois minutos, Jé recebeu falta ensaiada e pegou firme de fora da área para anotar mais um gol para o Vingadores. Poucos minutos depois, foi Diogão, que fazia excelente partida na contenção, que brilhou no ataque: o camisa meia dúzia roubou a bola no meio e fintou um rival, batendo de chapa no cantinho esquerdo de Pietro, que mergulhou para a bola mas não alcançou.
 
Com o elástico placar de 6 x 0, o Vingadores naturalmente deu uma relaxada e chamou o Real para o jogo. A reação branca começou com a sorte mudando de lado. Primeiro, o zagueiro Paulinho bateu pro gol e viu a bola desviar no meio do caminho, matando a reação de Rapha. Na sequência, Lê Rosa tabelou com Cadu e serviu o camisa 7, que pegou de primeira e marcou um lindo gol, o que renovaria as esperanças do Real e colocaria certo tempero em um jogo que já tinha ares de finalizado.
 
Sem a mesma força ofensiva de antes, o Vingadores limitou-se a segurar o jogo e atrapalhar as chances do adversário. Ainda assim, o time não apelou para faltas mais duras e manteve a lealdade. O Real chegou a outros dois gols: primeiro, com Aricó, que acertou um bonito chute de fora da área no cantinho de Rapha; na sequência, foi Paulinho que acertou outra pancada de fora da área e viu a bola desviar e matar o reflexo do arqueiro.
 
Mas a reação foi tardia e o jogo acabou para os dois. Estreia “decepcionante” do Real Paulista, um time forte, com muitos recursos, mas que perdeu para si mesmo. Além de enfrentar um adversário muito qualificado, já que o Vingadores mostrou bola suficiente para brigar por posições mais relevantes do que no semestre passado. Na próxima rodada, o Real mede forças com o Peneira e precisa vencer logo para se reabilitar; já o Vingadores lidera provisoriamente pelo saldo de gols e pega o Inflação.

Ficha técnica

Vingadores 6 x 4 Real Paulista Classic – 1ª rodada do XX Chuteira de Ouro

Gols: Jé (4), Carlinhos e Diogão (V); Paulinho (2), Cadu e Aricó (RPC)

Cartões amarelo: João Márcio (V); Mené (RPC)

MVPs: 1 – Jé (Vingadores); 2 – Diogão (Vingadores); 3 – Cadu (Real Paulista)
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