Foi quando o sol cedeu à sombra, ao vento e ao frio que a velharia e os médicos entraram no gramado da quadra 6 para um duelo que de início contou com muitos gritos de incentivo, bastante movimentação e pouca emoção. Tevez, Camundongo e Grilo buscavam espaços pelas pontas, enquanto Boca e Carioca tentavam a sorte no outro lado, Vini Jardel cortava as investidas rivais, Peixe insistia nos lançamentos altos e Borges discutia com a arbitragem e ajeitava o meião na lateral. Após a cobrança, Froio, o camisa 10 saudosista, puxou o ataque e deixou a Guerra completar pra rede. Gol do Opalas.
O Med reagiu logo em seguida. Rafa cruzou na área, Ricardinho subiu entre dois marcadores, testou para o fundo do gol e deixou tudo igual. 1 x 1.
O Opalas não se deixou abater e depois da arrancada de Grilo no ataque, Froio recebeu passe preciso na direita, driblou um marcador e tocou rasteiro no cantinho direito, na saída do arqueiro Ricardo, que nada pôde fazer para falsificar a relíquia. 2 x 1.
O Med só não empatou no minuto seguinte porque Lattes, um guarda-redes das antigas, fez ótima defesa no desvio de Andréas na área, após escanteio cobrado por Rafa. Uhh! E o lá e cá continuou até o fim da primeira parte. Na melhor chance, Carioca rolou na direita e Boca mandou um balaço rente ao travessão. Depois, ele cortou a marcação na entrada da área e bateu colocado no cantinho direito. Ela saiu por pouco e Boca lamentou: p* que o p*! No contra-ataque, Tito recebeu no ataque amarelo e não perdoou. 3 x 1!
O Opalas voltou melhor para o segundo tempo, disposto a não dar chance ao acaso e assustou com um trio de colecionadores. Camundongo desarmou um médico no meio e tocou para Tito na esquerda cruzar na medida para Caca. Ricardo saiu nos pés do matador e pôs pra escanteio. Só que aí o contra-ataque chegou em Andréas, pronto para descontar da entrada da área. Med no jogo! 3 x 2!
Ascensão médida freada pelo ímpeto guerreiro de Peixe e cia.
No embalo da reação, Jardel tocou para Rafa, que deixou com Rogério, que por sua vez viu Brão aberto na esquerda e não pestanejou. Já o ala bateu cruzado e observou a gorda flertar com a trave e sair pra escanteio. Andréas crucificou o castigo dos deuses e tentou com as próprias pernas fazer o milagre – só que Borges o desarmou no meio e tocou na área para Tito, que ajeitou a deus-dará para Guerra bater desengonçado e perjurar a imprecisão.
A culpa aumentou quando Lê Leme, de falta, mandou de bico rasteiro no centro da meta e contou com a falha do arqueiro para empatar a partida. 3 x 3! Depois disso, 13 minutos de isoladas, marcação assanhada, faltas, interrupções, orientações e descalabros até Tevez irromper contra o vento pela esquerda, puxando o contra-ataque mortal com Camundongo acompanhando pelo meio, que preparou o mamão com açúcar na área para Tito dominar, livrar-se da marcação, tocar no canto direito e botar o Opalas novamente na frente do placar. 4 x 3!
No último lance da partida, o Med teve a chance de empatar na bola parada. Andréas soltou o foguete alto e estufou a grade atrás da rede. Fim de jogo. Vitória amarela.
Com a vitória, o Opalas entra na zona da alegria e já vê o Med logo acima. Na próxima rodada, o time do técnicojogador Lele encara o lanterna Só Quem Sabe, enquanto os médicos pegam o Divino em um duelo por um lugar ao sol.
Ficha Técnica
Opalas 4 x 3 Med Taubaté – 6a rodada do XIV Chuteira de Prata
Gols: Guerra, Froio e Tito (2) (O); Ricardinho, Lê Leme e Andréas (MT)
Cartões amarelo: Peixe (O); Ricardo K. (MT)
MVPs: 1 - Tito (Opalas); 2 - Guerra (Opalas); 3 - Andréas (Med Taubaté)
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