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Mãochester volta a vencer e é segundo; Tapas volta a perder a deixa G-6

Contra o Tapas, a dúvida era saber como o Mãochester se comportaria após a derrota para o TSR na rodada passada. Apesar de macaquear que teria muitos desfalques, o Galinho apareceu apenas sem Jamil e Abutre, além de David, suspenso. Além disso, apresentou duas peças novas – Diego e Cayo. E eles tiveram boa estreia na tranquila vitória por 4 x 1 ante o Tapas, que até fez boa partida, anulando bem a maioria das jogadas do Mãochester, mas acabou vazado quatro vezes.
 
Quem esperava um Tapas recuado e um Mãochester pressionando, decepcionou-se no início, pois foi bem o contrário o que aconteceu. O Tapas não se intimidou e ficava mais com a bola, mas de efetivo ofensivamente pouco fazia. O Mão tocava e arriscava,  mas sem sucesso na maior parte do primeiro tempo. Diego comandava o ataque tentando fazer a parede com sua silhueta de jogador de bocha, mas a rigidez da marcação de Peixe e cia. impedia qualquer bola de chegar e ficar.
 
Assim, o jeito era arriscar de longe, e Cayo entregou seu cartão de visitas ao chutar de trás do meio de campo com muita força e fazer a bola passar a menos de um metro do travessão. Porém, a rigor, nos primeiros 10 minutos nada aconteceu. Pintinho já começava a se soltar, indo ciscar mais longe do terreno, mas acertar o gol estava difícil. Um chute pra fora, longe, e outro que a melhor maneira de descrever é que ele, de bico, judiou da bola. Lei Maria da Penha nele!
 
Foi só aos 16 minutos que algo interessante mesmo aconteceu – e foi gol! Chute cruzado de Diego ‘Vendido’ Orsi e bola na rede de Alê! 1 x 0! Depois disso o Tapas acordou, e muito em função da entrada de Sono (ahá!), que impôs certa correria sem muita organização à dianteira da equipe. Mesmo assim, o primeiro chute de perigo foi de Lucas Ruffo, que Gambelli buscou no chão. Depois disso, cruzamento para a área e Tamer teve tudo para marcar, mas acabou escorando em cima do goleiro!
 
O Mãochester pediu tempo com 18 minutos e na volta viu Hennry c* e consertar ao perder e recuperar de Brunão na esquerda. O zagueirão joga muito, mas às vezes se complica por não consegue jogar e arrumar a franja ao mesmo tempo. A cada dois passos, uma lambida no cabelo. Quando Cayo mandou lá pra órbita uma bola em falta frontal, era hora de parar para o intervalo.
 
O jogo era sem graça e sem emoção, bem ao estilo do Mãochester. O Tapas, depois do início mais encorajador, passou a se preocupar em se defender e não tinha pique de ir ao ataque por inteiro. Qualquer tática foi pro brejo com 5 segundos de jogo no segundo tempo, quando Pintinho saiu na esquerda e fez 2 x 0.
 
Lucas Ruffo tentou de novo, desta vez da esquerda, mas a bola passou raspando a trave. Não era noite mesmo do Tapas, que se aplicava rigidamente na marcação. Enquanto isso, o Mãochester ia brincando de perder gols. Cidão chegou atrasado mancando e teve tempo de mostrar que faltou nas aulas de física. Afinal, ele tentou dar uma de Highlander ao invadir a área pela esquerda e querer passar ATRAVÉS do goleiro. O resultado foi uma trombada que precisou paralisar o jogo para respiro de Alê. Em compensação, o atacante fez fila pouco depois e soltou assistência para Pintinho, que quis cortar antes de chutar e acabou perdendo para a defesa.
 
Então o Tapas resolveu sair para o jogo e, em contra-ataque, Gambelli mostrou-se soberano ao parar Rô após jogada de Zaron. E quando Brunão mandou cruzado, nem Tamer nem Sono alcançaram a bola para escorar. Perdido mesmo foi o gol que Zaron deixou de marcar, ao cortar pra um lado e chutar forte, reto, mas fora! Estava de frente para o gol!
 
Uma hora a casa ia cair. E caiu aos 9 minutos, quando Hennry – o grande carregador de piano desse time do Mãochester (quando não está ajeitando o cabelo, claro) – pegou rebote após batida de escanteio e chutou. A bola nem ia no gol, mas bateu em alguém no meio do caminho e matou Alê. 3 x 0!
 
Cidão ainda perdeu nova chance ao cortar Sono e chutar fora e Gambelli desviou pedrada vinda do meio de campo. Então Pintinho mostrou que falta pouco para ser Pinto e, avançando pelo meio, bateu para 4 x 0! Cena digna de nota foi o carrinho que Cayo deu na linha de fundo de sua defesa em Hennry. Se você estranhou porque eles são do mesmo time, foi isso mesmo o que aconteceu. Um levantou o companheiro e até merecia um cartão amarelo! Pode isso, juiz???
 
Digno de nota, daquelas notas que a gente escreve com CAIXA ALTA E COM GOSTO, DAQUELAS QUE A SALIVA JORRA DA BOCA NA HORA DE FALAR, FOI A ENTRADA DE BAZUCA DEBAIXO DA META DO MÃOCHESTER. Algum desavisado, pouco ciente da colaboração do mito para a evolução do futebol society, de areia e de asfalto em São Paulo e litoral, pode até questionar a saída de Gambelli, goleiro que aparece pouco nos jogos mas sempre com intervenções cirúrgicas e primordiais. Entretanto, reza o mito, estudado à exaustão pelos maiores conhecedores do futebol society de várzea paulista, que Bazuca, nome ordinário para a espécie Thiago Di Mase, está entre as espécimes de maior risco em extinção – o jogador de grupo, que vem a somar, que se sacrifica em nome do grupo.
 
Feito de carne e ferro, com óculos como janelas para o mundo interior e trajando a mística camisa 89 – para quem não sabe, o ano em que o Brasil ganhou a Copa América e saiu de uma fila que durava 40 anos. Naquela conquista, o massageador oficial da Seleção era Bazuca, negro forte e esbelto, que de tão largo conseguia carregar sozinho o jogador sobre a maca, um braço de cada lado (com isso a CBF ainda economizava tendo um auxiliar a menos – Bazuca vali por dois).
 
Pausa no jogo para um pouco de estória do futebol...
 
BAZOOKA - A lenda do goleiro sem cabeça
 
A história acima explica o porquê Bazuca usa a 89, mas o mais interessante é a lenda do seu apelido. Há uma teoria que corre nos terrões dos rincões paulistanos do futebol que aponta que a lenda de Bazuca vem do grego Bazooka, um herói do esporte na Antiguidade grega que foi destaque em Atenas em meados do século 6 antes de Cristo – mais especificamente entre 546 e 533 a.C. Naquela época, quando o futebol não existia como esporte mas sim como celebração de triunfo militar, a diversão dos vencedores era decapitar os soldados inimigos e fazer de suas cabeças uma espécie de bola, que era chutada contra estacas fincadas ao chão e que tinham na extremidade de cima outra cabeça. Assim, para disputar um simples 3 dentro 3 fora, 3 homens precisavam morrer e ceder suas cabeças.
 
Neste cenário, que você pode imaginar quão sangrento era, Bazooka, menino franzino calçando 36 e com dedos do pé delicados, foi revolucionário ao ir contra a corrente. Cada cabeça decepada que era chutada por entre as estacas não voltava a campo! Além do desgaste rápido que você pode imaginar haver para uma bola de osso revestida de pele e cabelo, havia certa tradição de que cabeça depois que entrava no gol dava azar se voltasse ao jogo. Assim, eram cabeças e mais cabeças que rolavam até marcarem um gol (o gol era chamado de oka pelos gregos). Saiu o gol tinha de vir uma nova cabeça. E quando acabassem as cabeças? Pois a tradição estava fadada a se extinguir (assim como toda a civilização grega) diante da escassez de inimigos. Para piorar, num momento de fúria e insensatez, após a explosão da popularidade desse tipo de celebração mediante a expansão depredatória pelos arredores do Mediterrâneo, os gregos começaram a não encontrar mais resistência e os jogadores passaram a matar os próprios companheiros para ter com que continuar a partida! Pois bem, eis que entra Bazooka na história. A salvação do que viria a ser o futebol dito pós-antigo veio na decisão um tanto quanto improvisada e receosa de Bazooka – ele passou a ficar entre as estacas para evitar que as cabeças rolassem além dela. Com isso, evitaria o desperdício de bolas (ops, cabeças!) e o fim do futebol em si! Ele passou a ser o homem a impedir o gol, ou, no grego arcaico, o ‘baz o oka’. Daí o seu nome de Bazooka, o salvador do futebol. E daí o nascimento do mito do goleiro Bazooka, que, a se confirmar ainda pelo teste do Carbono 14, é ancestral ao atual Bazuca do Mãochester.
 
Voltando aos dias atuais, nosso Bazuca entrou diante da campanha #poeobazucaprajogar, que já angariou fundos para pagar o bicho de Gambelli pelo resto do campeonato e assim ele não mais aparecer para jogar! Em cobrança de falta, ele desviou a bola a escanteio! Bazuca neles! Na cobrança do tiro de canto, a defesa ficou olhando e Sono apareceu para fuzilar de cabeça, sem chances para Bazuca, vendido debaixo do gol. 4 x 1 no placar e fim de jogo. Sorte desse Bazuca que hoje o cenário não é tal qual o do seu homônimo grego de 3862 anos atrás. E aqui fecharemos a lenda de Bazooka.

Prólogo da lenda de Bazooka

Vida longa a Bazooka, o primeiro dos goleiros. O homem que evitou tantas mortes desnecessárias, tantas guerras sem razão e que, diante de um frango já no fim de sua carreira, em 533 a. C., acabou tendo sua cabeça cortada e colocada em jogo. Sim, depois de sua contribuição ao jogo, ele foi engolido por ele! E foi sua cabeça que deu a vitória a sua equipe naquela ocasião, e com ela ainda escorrendo sangue, seus companheiros saudaram e desfilaram com seus cabelos entre os dedos. O herói Bazooka virava mito das vitórias impossíveis. E Bazooka, mesmo em espírito, já no panteão a acertar as contas com Zeus, sorriu e festejou o feito de sua equipe. O objetivo maior da conquista estava acima de sua própria vida. Seu sacrifício pelo time.
 
Na 5ª rodada, o Mãochester encara o Obrigado Charles pensando já no duelo antes o Duff´s na rodada final. A dúvida de todos é se Bazuca irá a campo dar emoção ao jogo. Já o Tapas tem uma decisão antecipada ante o Instituto Asilo – a vitória lhe dá forças para a classificação. O time encara os três times da parte de baixo da tabela e tem tudo para vencer e se classificar. Se perder, terá dado um grande passo rumo à eliminação. 

Ficha técnica

Tapas 1 x 4 Mãochester – 4ª rodada da I Copa Calcio

Gols: Pintinho (2), Hennry e Diego Orsi (M); Sono (T)

Cartão amarelo: Luz (T)

MVPs: 1 – Hennry (Mãochester); 2 – Pintinho (Mãochester); 3 – Diego Orsi (Mãochester)
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