Seu novo uniforme é de PR1MA! Facilitamos a sua vida!

    Agilidade e comodidade para você focar apenas no que importa... o seu time! @pr1masports e (11) 99210-4656

    Veja mais

Falar com propriedade sem contextualizar ou conhecer os fatos só ajuda a distanciar a realidade da verdade, quando não gerar confusões; e isso vale pra tudo e todos

"Quero ver você falar mal do Esquenta agora". Ao ouvir, já distante uns 20 metros, dei meia-volta e perguntei quem, ali na roda comemorativa pela classificação esquentista às quartas de final da Bronze 24, tinha soltado a frase de efeito - mais um senso comum, sem sentido algum. Antes, quando parei ao escutar a indelicada frase, os amigos de time falaram "ele tá voltando". Sim, não se tratava de tirar satisfação, mas a intenção era entender o porquê de alguém simplesmente soltar uma frase que ele mesmo se acostumou a ouvir e ler, e acha natural reproduzir sem pensar no conteúdo infeliz que acabara de soltar.

Simplesmente pedi para o autor da frase me elencar os momentos em que ele notou que “falei mal” do Esquenta. Talvez não esperasse o meu retorno, achando que eu fosse deixar para lá algo que considero grave tanto quanto a não-interpretação de texto: a ausência do contexto. Quando me aproximei e perguntei, o jogador se esquivou, mesmo de braços cruzados mostrando "autoridade". Depois de eu reforçar a minha questão - já que não havia sido respondida de imediato (porque eu já imaginava a resposta), ele afinal se justificou com o óbvio: "Me falaram que você falou mal da gente".

Não busquei esticar o chiclete. Mesmo assim, passei a refletir sobre a situação atual não somente na LCOF7, mas na sociedade. Cada vez mais as pessoas estudam o mínimo para ter conhecimento do assunto. No caso do jogador do Esquenta, bastaria o próprio consumir um pouco do jornalismo chuteirense para saber diferenciar o que é falar bem, mal, verdade, mentira. Saber identificar fato e opinião. Não fazer, na mente, a construção de “uma opinião ser fato” – por mais que o(a) interlocutor(a) inspire credibilidade.


A ausência de contexto já é característica do século XXI e seu digitalismo. Se o tempo é nossa maior commodity, direcionar a informação se tornou uma arma poderosa. Porque os fragmentos soarão como verdade única. Virou prerrogativa de managers, inclusive.

A moda de líderes de times, agora, é digerir por completo o jornalismo chuteirense e, ele, selecionar o que vai nos grupos digitais das equipes. É cortar mesmo, pincelar uma frase, uma fala, e usar isso, descartando o resto. Porque ele sabe que a maioria de seus jogadores não lerá as matérias escritas por completo, ou não assistirá ao Planeta Chuteira da semana de cabo a rabo. Quando, na maioria dos casos, ambos acontecem.

O fato de não contextualizarem os cortes (texto ou vídeo) faz com que motivem determinado jogador, porém desanima quem está ali para levar informação, mas com - boas vezes - entretenimento. Este não pode ser tão sério. É desalentador, pois a intenção de quem trabalha na LCOF7 é levar alegria e diversão, mas, então, ao fim, surgem pensamentos distorcidos, maquiados como “motivadores”. Essa separação na mente não é fácil, e não ponho fé que algum manager repassará este parágrafo inteiro para a mídia de sua equipe.

A justificativa é “faz parte do jogo”. Concordo. A falta de contexto é geral. Ao passar pelo grupo de jogadores do Gbex, veio outro exemplo. Estavam cabisbaixos pela eliminação nas oitavas de final da Bronze 24 diante do GalataSarrei. Perguntei se eles se viam campeões, e, com isso, já na próxima edição da Série Prata. Um dos gbexsenses descontextualizou a própria realidade: a falta de autocrítica ao direcionar à arbitragem seu insucesso.

Desnecessário dizer que é uma cópia fajuta do que a sociedade mesmo produz em relação ao futebol de campo profissional. Mesmo assim o desafiei a apresentar um mísero campeonato de futebol em São Paulo, e no mundo, ao qual a arbitragem passa incólume com frequência. Obviamente não obtive resposta, porque simplesmente não existe. Preferi focar com ele, e todos os outros gbexsenses, por exemplo, por que tinha jogador do time suspenso para as oitavas de final, sendo que o Gbex chegou à última rodada da fase classificatória no Grupo A classificado ao mata-mata. Por que a ausência de jogadores importantes, caso de Pedrão? Por que uma queda brusca na reta final da primeira fase? No fim, a resposta mais sensata foi de Pivardy: “É melhor a gente ficar mais um semestre na Bronze”.

Se fosse para cair na vala comum, aceitar as descontextualizações seria mais prático do que encarar a realidade. Certamente atinge a organização da LCOF7, à qual faço parte. Vide a divulgação dos vencedores do prêmio de MVG da primeira fase na Ouro 33, Prata 27, Bronze 24, Aço 19 e Chuteira 5.17 no Instagram. Se até a conta oficial do Wake ‘n’ Bake contestou a eleição, clamando por Cutait, é porque faltou explicações. Elas, que deveriam ser externadas desde a primeira rodada.

Assim como o MVP, o prêmio de MVG (melhor goleiro da 1ª fase) sempre aconteceu, e não foi diferente neste semestre. A diferença é que não teve divulgação do ranking semanalmente, simplesmente porque a organização não se adequou a horários (em relação ao tempo/espaço mesmo). A cada rodada, há avaliações individuais de arqueiros que estão jogando. São feitas pela pessoa responsável pela reportagem da partida – a mesma que elege os três MVPs. São decisões soberanas – mesmo que questionáveis às vezes.

No passado, vários critérios já foram adotados. Começou com a escolha dos 3 melhores goleiros de todos os jogos da rodada. Passou por atribuição de uma nota de zero a dez. Hoje, há uma análise mais abrangente da importância do goleiro no resultado final juntamente com a efetuação de defesas. Porém, esquecemos de avisar o público, e isso fez aparecer muitos times reivindicando seus próprios arqueiros: Lauzangeles Galaxy por Codina, Originais por Kino, Fortalança por Careca, Oscuro por Decão etc. Tudo normal, porque não houve contextualização.

Cutait, por exemplo, não jogou por duas partidas – cedendo lugar ao não menos ótimo Gan (o popular Gino). Careca também se ausentou de jogos. Ambos os casos não recebem nota, perdendo pontos importantes (no final, é uma somatória – quem joga mais tem mais chances de levar). Nas situações de Kino e Codina, simplesmente porque seus ataques são a melhor defesa, dificultando a aparição de quem agarra nas metas de equipes que visam a posse de bola, sua recuperação imediata, e muitos ataques. Gamarra, vencedor do MVG da primeira fase da Bronze 24, pode ilustrar.

“Esse aí tomou 6 de nós e ficou em primeiro lugar, vocês estão loucos”, disse em off um integrante do Originais. Sim, levou seis, mas o placar não foi 20 x 1 porque o goleiro salvou muitos bombardeios dos originais durante o 6 x 1 que o time fez sobre o Esquenta. Esse é um dos critérios usados para a avaliação. Nos outros jogos, foi importante. Então, não foi por vaidade ou preferência as escolhas. Há uma avaliação séria. Faltou contexto para vocês. Assim como para quem não sabe distinguir fato de opinião. Também para quem estuda por fragmentos ou por telefone sem fio.

Por hoje, é só – As duas últimas vagas de acesso direto vencendo grupo foram definidas no último sábado, ambas, via Copa Estrelato 13. Depois de ficar no “quase” por dois semestres, finalmente o Celtics vai jogar uma edição de Chuteira 5, a de número 18, no segundo semestre. Bateu o Hospício e liquidou o Grupo A. Já o estreante Foot Table conquistou o Grupo B com igual propriedade e também subiu de divisão. Ambos, com uma rodada de antecedência. Parabéns desta coluna aos novos colonizadores.



 
Comentários (0)