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No confronto mais esperado do ano, CAV quebra tabu e derruba invencibilidade do tricampeão

Alguns dirão que foi um grande jogo, tático, técnico e muito disputado. Aos olhos deste escriba, não foi assim. Na verdade, ficou muito aquém do esperado para o clássico entre os times mais vitoriosos do Chuteira dos últimos anos. A explicação para isso não é uma, mas muitas, a começar pela forte marcação do CAV nos alas do Mulekes, passando pela ausência de Vitinho, o cérebro do time muleke e iniciador da maioria das jogadas. O resultado foi um Mulekes sem o brilho do seu futebol de toque de bola e um CAV mais agressivo e incisivo no que tinha de fazer dentro de campo - vencer e acabar com tabu de nunca ter derrotado o rival numa partida de Série Ouro.
 
Quem atrasou no banheiro ou na fila do bar perdeu o primeiro gol da partida. Dois minutos de bola rolando e Edinho serviu Japa na linha da área, que girou e fuzilou Alemão. 1 x 0. Com tão pouco tempo de jogo já dava pra ver que a vontade do CAV de vencer o Mulekes era enorme. David fez fila pela esquerda do ataque, deixou Pipo comendo poeira e cruzou para a área, onde a zaga apareceu para afastar.
 
O Mulekes não dava as caras no ataque e via-se sufocado pelo CAV. Em jogada de Edinho, ele serviu Cioffi, que chutou fraco, mas a bola passou rente a trave com perigo. Japa ainda desviou-se da bola pensando que iria dentro. Mas o segundo gol do CAV estava prestes a sair, e saiu aos 7 minutos. O Mulekes perdeu bola no meio e David aproveitou para mandar às redes. 2 x 0 e um Mulekes completamente apático em campo.
 
Gian foi pro jogo após começar no banco e dos seus pés teve início o gol do Mulekes. E foi num lampejo do futebol vistoso de toque de bola do time. Gian, Victor Amato, Caíque e Bispo empurrando quase embaixo da trave para fazer 2 x 1. A zaga do CAV não viu como ela chegou até lá. Mas a tônica era um CAV mais consciente em campo, e perigoso nos arremates de longe. Na bola parada, Léo Moratta buscou o ângulo e ela passou perto.
 
O Mulekes parou o jogo com pedido de tempo. Era preciso acordar. Na volta, o time voltou marcando a saída de bola do CAV para tentar recuperar a mesma com mais rapidez. Deu certo quando os caveiras erraram atrás e quase que Victor Amato empatou, mas seu chute saiu pela linha de fundo. Com mais posse de bola, o CAV conseguia se desvencilhar da marcação adiantada e ainda chegava com perigo. Moratta pisou para a batida de Thithi para fora.  O mesmo Thithi perdeu gol quando a bola sobrou para ele após batida de Quinho, porém o camisa 11 errou a matada e a zaga afastou.
 
O CAV ainda teria algumas chances na primeira etapa. Em falta venenosa, Léo Moratta bateu forte e rasteiro, mas Alemão caiu bem e agarrou. Com Paulo Netto chutando após receber de lateral, o mesmo Alemão espalmou e a sua zaga saiu jogando. E Alemão apareceu bem de novo quando Mike deu de ponta e disparou em velocidade pela direita. O goleiro saiu na hora certa para abafar o chute.
 
O Mulekes teve uma chance preciosa ainda no primeiro tempo para empatar, quando Bispo saiu livre de frente com Gambetta, mas, correndo para o lado, teve de tocar de leve na bola por cima com a lateral do pé e a bola caprichosamente saiu pela linha de fundo. Merecia o golaço.
 
Os últimos cinco minutos do primeiro tempo foram de pouca atividade ofensiva, diferentemente dos minutos iniciais da etapa final, quando o CAV chegou com perigo em três oportunidades. David perdeu gol incrível na primeira chance; Diogão, da ala esquerda, fez a bola beliscar o travessão; e finalmente Diogão achou Japa no pivô, que, numa das poucas vezes que conseguiu escapar de Pedrinho, chutou mal para fora.
 
Se o CAV não fez, o Mulekes foi e empatou. Com 9 jogados, Caíque, da esquerda, cruzou rasteiro para dentro da área e achou, sem marcação alguma, Victor Cruz, que escorou em 2 x 2. Depois de Japa fazer o pivô para Diego Orsi jogar a bola para fora, o CAV parou o jogo em tempo técnico para trocar nada menos que os 6 jogadores de linha. Entrou o que seria, teoricamente, o time titular do técnico Almir.
 
Resultado direto das mudanças ou não, o ponto é que deu certo quando Paulo Netto recebeu invertida de bola na esquerda, matou com carinho e mandou um chute na gaveta. Golaço! Se ele fez bonito retomando a vantagem no placar ao CAV, fez feio quando, na lateral direita, levantou Andreas. Amarelinho para ele. Aliás, Andreas, o velocista, não conseguia jogar. Sempre que recebia a bola na intermediária e pensava em partir ao ataque, era fechado por ao menos dois caveiras. Ele conseguia até fugir de um, mas com quatro pés tentando roubar-lhe a bola, avançar era tarefa hercúlea. E o camisa 88 até conseguiu se desvencilhar uma vez, quando partiu pela esquerda e chutou forte, mas um desvio tirou a bola da direção do gol.
 
O Mulekes pouco chegava e era nítido que o terceiro gol derrubara o ímpeto do time. Bispo perdeu o passo e a chance do empate após receber de Andreas no meio. Do outro lado, o CAV sabia que um quarto gol era essencial para assegurar a vitória, pois, macaco ferido, sabia que a qualquer momento o Mulekes podia aprontar. E assim o time foi para cima e martelou por mais um gol.
 
Jogada de David acabou com bola espirrada na área, onde Thithi soltou o canudo para milagre de Alemão. Em falta ensaiada, a bola caiu para Léo Moratta chutar cruzado da direita baixo e ninguém aparecer para completar a gol. Faltou o especialista nesse tipo de jogada Mike ali. E, forçando, o CAV encontrou o quarto gol e a tranquilidade que precisava. Thithi fez jogada pela direita e chutou mal a gol, mas Caíque, foi cortar e também foi mal. Acabou cortando para dentro do próprio gol, matando Alemão na jogada. 4 x 2 já com 25 minutos.
 
Nos acréscimos, deu tempo de Alemão espalmar falta cobrada por Léo Moratta e Thithi furar no rebote. Mas o Mulekes já estava domado e o CAV deixava o campo como novo líder do Grupo A da Série Ouro, com os mesmos 16 pontos do Mulekes, mas vantagem no critério de desempate – o confronto direto.
 
Para a 8ª rodada, o CAV encara o Kansado para manter a ponta. Já o Mulekes tem pedreira – o 3º colocado Bengalas, que, empolgado e com 14 pontos, quer roubar-lhe a vice-liderança para pular as oitavas de final.
 
Ficha técnica
 
CAV 4 x 2 Mulekes – 7ª rodada do XIX Chuteira de Ouro
 
Gol: Bispo e Victor Cruz (M); Thithi, Japa, David e Paulo Netto (CAV)
 
Cartão amarelo: Paulo Netto (CAV)
 
MVPs: 1 – David (CAV); 2 – Pedrinho (Mulekes); 3 – Edinho (CAV)
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