De um lado, o Peñarol; do outro, a cavalaria. Rafinha entrou em campo gargalhando e com três dedos erguidos. Promessa feita. Silêncio. Agora é sério. A bola rolou e Jalesinho arriscou de longe por cima da meta. A resposta aurirrubra veio em seguida. Juninho sofreu falta na lateral esquerda. Cris Mori cobrou rasteiro e assustou.
O jogo continuou movimentado nos minutos seguintes, com o Só Risada trabalhando a bola no pé e o Rabisco arriscando de longe, como na pedrada de Felipe Haraujo da direita que Rael espalmou pra escanteio.
Do outro lado também tinha goleiro. Diego desviou na ponta dos dedos o chute colocado de Farias. E no escanteio subiu mais alto do que ninguém pra afastar o perigo. Chance boa teve Rafinha, aos 11, na bola parada. Com a mão na cintura e o olhar fixo na gorda, parecia que ia, mas ficou na barreira. Na sequência, Juninho saçaricou na esquerda, mas os companheiros não entenderam a linguagem e, na deixada de calcanhar, o rival ficou com ela.
À leste, a muralha da China; à oeste, Diego. Ele salvou a menina veneno que veio rasteira no cantinho esquerdo e o cabeceio de Kaká na área. Nada pôde fazer, porém, no shoot out que tirou o zero do placar. Juninho ajeitou. A torcida do Rabisco incentivava o arqueiro. O malandro deu uma olhadinha para trás, passou a língua nos lábios e com a sola do pé esquerdo rolou a danada. Diego se adiantou para fechar o ângulo, mas o artilheiro, tranquilo, fuzilou rasteiro no canto direito e correu para o abraço. 1 x 0.
Pra lá, pra cá, e o Só Risada volta a sorrir com a reabilitação diante do Rabisco
O juiz apitou início do segundo tempo e Joel entrou duro em Felipe Haraujo na direita. Kaká não se segurou: “igual a minha”, berrou com o árbitro, “que absurdo!”, completou. Ozil ajeitou e bateu rasteiro no cantinho direito pra deixar tudo igual. 1 x 1!
Gol de Juninho, porém. Foi aos 9, despretensioso. Chutou fraco da entrada da área, a zaga desviou e Diego aceitou. Ela ainda beliscou a trave antes de cruzar a linha, só para o castigo ser maior. 2 x 1. Aos 12 não, aí ele foi atroz. Juninho roubou do zagueiro no ataque, após reposição do goleiro, e não perdoou. 3 x 1.
Só que o Rabisco não estava de bom humor e André Modesto tratou de pôr fim à brincadeira. Pegou em cheio nela de longe pra descontar. 3 x 2. Maums saiu jogando no meio. Cris Mori pediu, tabelou, entrou livre na área e isolou. Sem lamento, Juninho, cheio de artimanha, cortou um marcador, deixou outro caído admirando suas diabruras e bateu sem dó no canto direito pra retomar as rédeas do galope. 4 x 2.
No embalo, aos 17, Cris Mori quase ampliou; parou em Diego, que também salvou a bomba de Lú, a peripécia de Cris Mori – que ousou driblá-lo – o mijinho de Big Bob, na primeira tentativa, mas não na segunda: um totozinho que o encobriu e morreu lá dentro.
Nos minutos finais, Rafinha acertou uma folha seca cruzada da entrada da área e sacudiu a caçapa. Golaço! Ele ainda faria outro pouco depois. E chega. Não cumpriu a promessa, mas está perdoado. Vitória sarcástica por 7 x 2.
O Só Risada se recupera da derrota sofrida na semana passada e agora tenta embalar contra o lanterna Basicus, enquanto isso, o Rabisco vai em busca da primeira vitória contra o Alma Negra.
Ficha Técnica
Só Risada 7 x 2 Rabisco – 3a rodada do VI Chuteira de Aço
Gols: Juninho (4), Rafinha (2) e Big Bob (SR); Ozil e André Modesto (R)
Cartões amarelo: Big Bob, Joel e Jorge (SR); Felipe Modesto e Vinicius (R)
MVPs: 1 – Juninho (Só Risada); 2 – Rafinha (Só Risada); 3 – Cris Mori (Só Risada)
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