Se o jogo fosse só de 25 minutos, o Bengalas sairia de quadra com a vitória e um futebol taticamente perfeito. Fechado, o time soube aproveitar os erros do A.A.A. e os contragolpes para fazer 3 gols, quando poderia ter feito 4, 5 ou mesmo 6. Porém, o jogo é de 50 minutos, e o A.A.A. resolveu jogar bola no segundo tempo e arrancou uma virada tremenda pra cima do time de Bizu. Porém, os destaques do jogo foram o gol mágico de Balãotelli, que seria o da vitória, e a arbitragem, que foi muito rigorosa e saiu de campo debaixo de muita reclamação do Bengalas.
O A.A.A. partiu já descolando tiro de canto em arremate na saída de bola. Balãotelli apareceu no primeiro pau e desviou incrivelmente para fora! Gol perdido também podemos debitar da conta de Ritolê na sequência. Na falta ensaiada, Zaidan rolou para Luisinho chutar forte rasteiro. Léo desviou, a bola bateu na trave e voltou ao camisa 9, que, surpreso com o presente, pegou no susto e a bola foi pela linha de fundo! Que chance!
O Bengalas jogava recuado esperando o erro do A.A.A. E ele aconteceu logo com 3 minutos. O time saiu jogando errado no meio, perdeu e viu Ritolê disparar pelo meio em direção ao gol. Ricardinho fez a falta puxando o jogador, que caiu a dois passos da área quando Léo já saía para tentar o abafa. Falta nele e o juizão foi cruel – sacou o cartão vermelho sem pestanejar e mandou o zagueirão pra fora!
Depois das reclamações habituais – e talvez com razão diante do excesso de rigor do lance – o Bengalas bateu a falta com Luisinho rolando para Zaidan e este chutando muito mal, pela lateral. O A.A.A. parecia aturdido e a tática do Bengalas vinha dando muito certo. Em nova falha, desta vez de Cesão, que assumiu o posto de xerifão atrás com a saída do companheiro, Ritolê chutou e viu Léo mandar a escanteio! Na cobrança, o goleiro apareceu bem de novo para salvar.
O jogo estava nas mãos do Bengalas, que no contra-ataque era extremamente perigoso, e o trio Luisinho/Zaidan/Ritolê em grande tarde/noite. Forte deu de três dedos com efeito e Zaidan saiu na cara do gol, mas Léo chegou antes e ficou com ela. Aí veio o imponderável. Balãotelli recebeu de lateral dentro da área, girou e Baki tirou parcialmente. A bola voltou a Murillinho, que viu Baki pegar mais uma! Aos 9 minutos, Murillinho cruzou alto, a zaga cortou de cabeça, mas nos pés de Balãotelli na entrada da área. Ele matou a redonda com categoria e despachou-a para o canto oposto de Baki para abrir o placar! 1 x 0!
O Bengalas tratou de empatar no minuto seguinte. Da defesa, Luisinho viu Zaidan na área e lançou de lá mesmo. Zaidan subiu e, de costas para o gol, deu uma casquinha para matar Léo e sair para o abraço! 1 x 1! O empate tranquilizou o Bengalas e deu campo ao A.A.A. para atacar. Os próximos 5 minutos foram de pressão alcóolatra e Baki segurando as pontas. Interior saiu costurando pelo meio e achou Murillinho na direita, que mandou na rede lateral pelo lado de fora. No contra-ataque, Léo Nascimento acionou Balãotelli, que inverteu a Interior e este fez Baki trabalhar com os pés. Aí foi a vez de Ton recuperar a bola no meio, deixar com Balão e receber de volta. Só não fez o seu porque Baki apareceu bem embaixo para desviar (ou a bola bateu na trave?).
Aos 16 minutos, o Bengalas voltou a marcar. Léo Rinaldi avançou pela esquerda, cortou para fora e mandou cruzado de canhota rasteira para vencer o xará e fazer 2 x 1! E o Bengalas queria mais! Nem um minuto se passou e Zaidan cortou passe da defesa azul e deu assistência fantástica para Ritolê, que tocou por debaixo das pernas de Léo e comemorou muito o 3 x 1!
Foi a deixa para o A.A.A. parar o jogo e conversar. Na volta, foi um festival de gols perdidos do Bengalas, que pagaria caro mais pra frente. Baki lançou, a zaga desviou e caiu para Ritolê, livrinho, tocar de primeira por cobertura mas para fora! Aí o camisa 9 disparou pela direita e recebeu por trás da zaga. Ele chegou e carimbou a trave! Pecado! Pecado também foi Zaidan não chegar em enfiada maravilhosa de Luisinho para o camisa 16 dentro da área.
E mais gol perdido do Bengalas. Em contra-ataque, Zaidan achou Salva entrando do outro lado e mandou pra ele, que perdeu! E o maestro Luisinho, jogando o fino da bola, partiu em novo contragolpe que acabou em Léo Rinaldi e seu chute rente a trave. De novo a dupla: Luisinho para Léo Rinaldi, e deste para grande defesa de Léo. O camisa 14 ainda tentou ele mesmo chutando forte de fora e encontrando o alambrado.
O Bengalas cansou de perder gols vendo um A.A.A. completamente perdido, que se achou aos 22 minutos, quando Balãotelli recebeu na esquerda e tocou na saída de Baki. 3 x 2! Antes, Cesão se aventurou no ataque e teve duas oportunidades em arremates de fora da área, mas ambos foram para fora.
Fim de um primeiro tempo taticamente perfeito do Bengalas, que foi superior o tempo todo e acabou por vencer apenas por 3 x 2. Os gols perdidos fariam falta porque o A.A.A. soltou o time no segundo tempo e Balão mágico desceu do céu para fazer mágica dentro de quadra.
Bola rolando e pressão total dos alcoólatras. Na primeira chance, Interior cruzou e Balãotelli não alcançou. Baki tirou de manchete arremate de Léo Nascimento. Entao Balãotelli fez o pivô para Interior e Baki espalmou bonito. Cesão lá da defesa tentou e a bola passou perto. Balão ajeitou para Léo Nascimento mandar o sabugo, que desviou e saiu em escanteio. Murillinho também arriscou visando o ângulo e a bola passou pertinho. Aos 6 minutos, não teve jeito. Escanteio na cabeça de Murillinho e caixa! 3 x 3!
O empate deixou o jogo completamente aberto, com chances para os dois lados, já que o Bengalas não se amedrontou. Porém, o time não tinha mais a mesma saída eficaz para o contra-ataque e o A.A.A. pouco errava atrás, dificultando a vida do Bengalas. E dá-lhe chances do A.A.A.. Balão mandou no pé da trave e, após giro e drible sensacional, obrigou Baki a defesa monstruosa. Cesão impediu gol certo de Ritolê ao se jogar na frente da bola quando este chutou à queima roupa da entrada da área. E Léo ficou com a bola quando Zaidan, que caíra de produção no segundo tempo, o que levou o Bengalas a encolher demais, tentou totozinho por cima da barreira após Tché carregar, carregar e chamar a falta na entrada da área.
Já se passava a metade do segundo tempo quando a arbitragem entrou em cena. Quando Luisinho e Interior trocaram ameaças e o que mais convinha aos dois na lateral do campo, o árbitro, menos de um metro do lance, esperou e mandou os dois pra rua! Exagerou o juizão. Amarelinho pra esfriar a cabeça estava de bom tamanho. Léo Rinaldi podia ter dado a vantagem ao Bengalas em seguida, quando teve a chance da conclusão mas exagerou nos dribles e acabou perdendo. Chuta, filhão!!!
Antes do Bengalas parar o jogo, Zaidan cortou contra-ataque que tinha Balãotelli como destino final. O gol seria consequência. Na conversa, o que se viu entre o técnico Bizú e Ritolê foi muito além disso – sobrou xingamento pra todo lado entre os dois. O Bengalas parecia nervoso, e o A.A.A. jogava com facilidade. Era questão de tempo para o gol sair, como bem apontou um torcedor do lado de fora. Ton tentou a puxeta e mandou muito alto. O mesmo Ton bateu da esquerda com força e Baki espalmou para o meio, onde a zaga recolheu a redonda e saiu jogando. Murillinho mandou a paulada para fora após invertida de Léo Nascimento.
A chance derradeira do Bengalas foi em jogada de Zaidan com Tché. Este recebeu do primeiro e devolveu para chute perigoso de Zaidan. Aí, meus queridos, veio a mágica, o lance do gênio, o abuso da habilidade e confiança completa no que sabe que pode fazer. Fica difícil descrever o lance sem adjetivar ao máximo. Balãotelli recebeu na esquerda em cima da linha lateral da área. Neto veio na marcação e fechou o bate. Balãotelli cortou para a linha de fundo, Neto seguiu ele e, quando foi, Balãotelli já estava voltando para dentro do campo. O zagueiro tentou voltar e foi ao chão rolando. Enquanto ele rolava, Balãotelli, o Balão mágico, já estava chutando com violência tiro certeiro que estufou as redes de cima do gol de Baki, que nem viu por onde ela passou. Golaço??? Meu amigo, só tem uma forma de descrever isso aí:
Perdendo agora de 4 x 3, o Bengalas foi pra pressão final e eis que a arbitragem apareceu de novo. Léo Nascimento chegou deslizando dentro da área para cortar a bola e acertou Neto. Eis a versão do Bengalas, pênalti claríssimo que o juiz não deu! Muita reclamação, pressão e o jogo seguiu com o A.A.A. no ataque, quando Baki apareceu tocando de leve com a mão já fora da área. Falta? Nada! Lei da compensação, dirão alguns!
O Bengalas esbravejava e reclamava muito da arbitragem. Lance polêmico que fica difícil de opinar vendo do lado de fora, mas que teve toda a pinta de penalidade. E assim acabou o jogo, em 4 x 3 para o A.A.A., que fez um péssimo primeiro tempo, sendo dominado pelo Bengalas, que pecou em excesso no direito de perder gols. Pagou caro no segundo tempo, já que Balãotelli não perdoa. Polêmicas à parte, o Bengalas teve sua chance e desperdiçou. O A.A.A., não, e colheu os 3 pontos para manter-se na cola dos líderes, com 12 pontos, na 3ª posição. Na 6ª rodada, enfrenta o Real Madruga.
Ao Bengalas resta chiar muito, e com alguma razão, mas pensar que faltam 4 rodadas e o time precisa vencer o líder Mulekes para não sofrer nas rodadas finais, apesar de que, com 7 pontos, tem 4 acima do último colocado no G-6.
Ficha técnica
Bengalas 3 x 4 A.A.A. – 5ª rodada do XX Chuteira de Ouro
Gols: Balãotelli (3) e Murillinho (AAA); Zaidan, Léo Rinaldi e Ritolê (B)
Cartões vermelho: Ricardinho e Interior (AAA); Luisinho (B)
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