Um time eficiente não é aquele que cria muitas chances, é aquele que aproveita todas as oportunidades. Diante do Roleta Russa Clássico, o Zanoios teve uma imensidão de chances, mas deixou a sorte substituir a competência e isso é sempre muito arriscado.
A partida começou muito melhor para o time amarelo e grená, que ainda no primeiro minuto teve duas finalizações bloqueadas pela defesa, uma de Gabigol e outra de Cahé. O gol era questão de tempo e aconteceu aos cinco minutos, após cruzamento de Cahé na cabeça de Wendell, que mergulhou de peixinho para abrir o placar.
O Roleta mal conseguia respirar e as falhas defensivas atrapalhavam muito a saída de jogo do time rubro-negro. Em um destes erros, Fernando se atrapalhou todo com a bola e tocou contra o patrimônio, deixando Gabigol livre, leve e solto, na cara do goleiro Leonardo. O camisa 9 do Zanoios teve calma e precisão para deslocar o goleiro e aumentar a diferença no marcador.
A pressão nesta altura era enorme e o terceiro tento era questão de poucos minutos. Mas o goleiro Leonardo começou a se destacar e barrou as chances criadas pelo time amarelo e grená. A melhor chance do Roleta Russa Clássico apareceu depois de dez minutos de jogo. Antes disso, alguns chutes sem direção e muitos passes errados. A oportunidade nasceu dos pés de Pipinha, que arriscou de longa distância e deu trabalho para o goleiro Terto, que se esticou e colocou para escanteio.
O primeiro tempo se resumiu em ataque contra defesa, mas o número de chances perdidas pelo Zanoios começava a crescer e assustar os torcedores mais velhos, que sabem muito bem que no futebol aquela velha máxima ainda tem fundamento: “quem não faz, toma”.
Inversamente proporcional ao que aconteceu na etapa inicial, o segundo tempo foi dominado pelo Roleta. O time rubro-negro cresceu e passou a pressionar a saída de jogo, forçando o Zanoios a rifar a bola. Aos três minutos, Nellas acertou a trave, após bom arremate de média distância. Fato que se repetiria pouco tempo depois, desta vez com Gobbato, que tentou tirar demais do goleiro e não teve sucesso na finalização.
O contra-ataque zanoio era uma arma útil, mas a dificuldade em trabalhar a bola no campo ofensivo deixava o time lento demais e previsível. Wendell perdeu duas boas oportunidades pela direita e errou duas vezes o “último passe”, que ajudaria a dar mais tranquilidade à equipe.
Do outro lado, a falta do gol ainda incomodava e o Roleta mudou de estratégia. Passou a trabalhar a bola em passes laterais para abrir a defesa adversária e assim encontrar mais espaço para penetrar em direção ao gol.
Aos 16 minutos, o primeiro golpe certeiro: Pinho arrancou pelo meio da defesa e serviu Gobbato, que estava livre na ponta direita. O camisa 20 chegou decidido e finalizou com força para diminuir a diferença no marcador. Pouco mais de um minuto passado e o segundo golpe: foi a vez da defesa esticar a bola para Pipinho, que dominou com categoria, fintou um adversário e bateu forte, no canto esquerdo do goleiro.
A virada se concretizou aos dezenove minutos, apenas três minutos depois do primeiro gol. Pipinho lançou Gobbato na direita, o camisa 20 bateu cruzado e o goleiro Terto deu rebote. Bob, que pedia raça e se entregava na marcação durante o segundo tempo todo, apareceu livre para chutar de bico e virar a partida.
Sem tempo para reagir, o Zanoios ficou apático e viu a derrota impensável se concretizar. Na próxima rodada, o Roleta terá o difícil duelo diante do Atlético Caiçara, enquanto o Zanoios pegará o Tucho. Dado curioso: apenas uma falta foi cometida em todo o jogo.
Ficha técnica
Roleta Russa Clássico 3 x 2 Zanoios – 1ª rodada do II Chuteira 5
Gols: Gobbato, Pipinho e Bob (RRC); Wendell e Gabigol (Z)
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