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Na coluna de estreia de Renan Paladino, a grande dúvida do Chuteira hoje: seria o CAV imbatível? O Primatas pode ter dado o caminho para os próximos adversários


Qual é o método específico para uma equipe vencer um jogo? Existe alguma garantia de que utilizando determinada estratégia o time deixará o campo vitorioso? Futebol não é uma ciência exata. Com a bola rolando, são vários os fatores que interferem no andamento de uma partida. O que faz a equipe chegar ao resultado positivo é uma combinação destes diversos elementos. Talvez o mais importante – além do aspecto técnico – seja o fator psicológico. Isto ficou bastante evidente na partida entre CAV x Primatas, na rodada de abertura da atual Série Ouro.
 
Não é à toa que os caveiras são os atuais tricampeões da Série Ouro. A equipe é extremamente qualificada, com excelente toque de bola. Mas, por melhor que seja, nenhum time é imbatível. Pois então, qual a fórmula para vencer o poderoso e temido CAV, hoje o time a ser batido dentro do Chuteira?
 
O primeiro passo é entrar com a cabeça no lugar, pensando somente em jogar futebol e evitando reclamações com a arbitragem. O árbitro não vai apitar como você quer se você reclamar, e quem foca em reclamar e achar que está sendo prejudicado acaba sempre perdendo o foco do que realmente vale – o adversário. E como conseguir mostrar bom futebol, ou ao menos triunfar diante do Clube Atlético da Vila?
 
Conforme citado anteriormente, futebol não é uma ciência exata, mas o Primatas chegou muito próximo de combinar todos os fatores que o levariam à vitória frente ao CAV. Isto mesmo, fatores que levariam o Primatas – que retorna à elite depois de dois anos – à vitória diante do tricampeão da Série Ouro. A fórmula não é nenhuma novidade, e equipes que no passado bateram o CAV usaram do mesmo estratagema.
 
Taticamente, os símios adotaram uma postura muito correta. Priorizaram a marcação, defendendo-se com força e chegando ao ataque na base dos contragolpes e muitas vezes da ligação direta para Marcelo Gama, um atacante acima da média que com a bola nos pés estava resolvendo a partida a favor dos rubros.
 
Entretanto, se por um lado, ele decidia quando tinha a bola, por outro lado faltou equilíbrio emocional ao jogador. É claro que em campo as coisas são totalmente diferentes, pois o jogador está com a cabeça quente, quer ganhar de todo jeito, o sangue ferve, a perna pesa, resumindo, está com os nervos à flor da pele. Mas é preciso justamente ser ciência que, se perder a cabeça, é o time todo que sai prejudicado. Um cartão, uma expulsão, uma fagulha que acenda os demais jogadores pode levar a uma desestabilização sem volta. Ou, quando volta, é tarde demais.
 
Equilíbrio emocional e cabeça no lugar. Foi justamente o que o artilheiro símio, experiente, não teve. Aos 11 minutos da etapa complementar, quando a macacada vencia por 3 x 2, jogando de forma muito inteligente, Marcelo Gama colocou tudo a perder e foi expulso de maneira infantil após reclamar e falar demais para a arbitragem em lance que favorecia seu time.
 
A partir daquele momento o desenho do confronto mudou radicalmente. O Primatas, com um a menos por dois minutos, se desorganizou todo, e o CAV, que até então encontrava dificuldades para passar pela forte marcação imposta pelo adversário, passou a ter o jogo em suas mãos, chegou à virada e ainda desperdiçou chances para ampliar o marcador.
 
O Primatas tem um bom time, de qualidade técnica. A tática adotada também era boa. A equipe entrou com 200% de energia, demonstrando muita vontade, como se deve fazer. Então o que faltou para derrotar o CAV? Por que a macacada não venceu?
 
Existem duas possíveis respostas para estas perguntas. A primeira delas é porque o CAV também têm um excelente grupo, inclusive superior ao Primatas. Mas o principal motivo, tratando especificamente deste jogo, deve-se ao fato de que os rubros cometeram um erro crucial. Não tiveram cabeça no lugar quando a partida estava bem encaminhada a favor deles.
 
Equilíbrio emocional e concentração são elementos fundamentais para vencer qualquer partida, principalmente estas contra adversários experientes, que são sempre fortes candidatos ao título e nas quais a margem de erro deve ser mínima. Os símios acabaram pagando caro por uma atitude primária de seu principal jogador – que tinha colocado o time parcialmente com a vitória até aquele momento. Não dá para cravar que se Marcelo Gama estivesse em campo até o final o time triunfaria, mas pelo panorama da partida até aquele instante, as chances disto acontecer eram bem razoáveis.
 
Ao Primatas e aos demais postulantes ao título do Chuteira de Ouro fica a lição e o aprendizado. O CAV não é insuperável, e a melhor forma para derrotá-lo é montando um time com uma defesa sólida, que consiga explorar os contra-ataques em velocidade, mas, sobretudo, mantendo a cabeça no lugar. Ah, ter um bom físico e banco de reservas à altura também é fundamental. Mas isso é papo para outra coluna.
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