Quis o destino que, logo na segunda rodada, ficassem frente a frente os times apontados como a surpresa e a decepção do torneio até então. O Livingpool chegou com moral após amassar o White Ponei, enquanto o Manochaco vinha de um frustrante empate (que poderia ter sido pior) contra o Canela. Desta vez, a palavra “vexame” nem chegou perto de ser cogitada, já que ambos travaram um duelo equilibrado durante os 50 minutos. Melhor para o Livingpool, que saiu vencedor pelo placar de 3 x 2!
E o jogo, que prometia, entregou já no início. Logo na primeira jogada, após a saída de bola, o Manochaco a recuperou rapidamente com Alê, que, de calcanhar, lançou na área. Madeus chegou batendo, mas parou na defesa de Portuga. A persistência foi recompensada: após cobrança de escanteio de Madeus, Alê apareceu no segundo pau e, de cabeça, balançou as redes: 1 a 0! O time começou com mais posse de bola e impôs um ritmo forte, sendo premiado com um gol logo cedo.
No entanto, o Livingpool reagiu rapidamente. Aos 3 minutos, Fujii cobrou lateral e achou Borgeth, que dominou na ponta, girou e acertou um belo chute, empatando a partida: 1 a 1!
Um gol que escancarou os contrastes em campo: de um lado, um balde de água fria para o Manochaco; do outro, um alívio tremendo para o Livingpool, que se via de volta ao jogo.
E o empate foi só o começo. O Livingpool cresceu na partida e, no minuto seguinte, em jogada trabalhada pelo lado esquerdo, Borgeth tabelou com Vasco, que fez a parede e deixou o artilheiro livre para marcar seu segundo gol, virando o placar para 2 x 1!
Mal começou bem, mal a vantagem escapou para o Manochaco.
Apesar da frustração por perder a liderança tão rapidamente, o Manochaco não se entregou. Sempre ele, Alê – o mais perigoso da equipe – apareceu novamente. Com a marcação alta, o time recuperou a bola após um bate-rebate, e Alê finalizou com perigo, mas mandou para fora.
A estratégia do Manochaco parecia clara: pressionar alto e forçar o erro adversário. E, apesar dos três gols no placar, ainda estávamos no início, com fôlego de sobra. Nessa dinâmica, aumentou a responsabilidade de Fujii e Piva, defensores do Livingpool, que, mesmo sob pressão, conseguiram segurar a barra.
O empate do Manochaco veio de outra maneira. Aos 11 minutos, após uma bela escapada pela esquerda, Bento fez jogada individual e finalizou com precisão: 2 a 2! Um gol no momento certo, para recolocar o time no jogo.
Com o cansaço batendo dos dois lados, o ritmo diminuiu e as chances ficaram mais escassas. A defesa do Livingpool, comandada por Piva e Fujii, permaneceu sólida, resistindo à pressão adversária. Já o Manochaco seguia apostando em Madeus e Alê como suas principais armas criativas. Além disso, a bola parada era uma das esperanças do Chaco. Madeus cobrou falta próxima ao gol, mas Portuga saiu bem e segurou firme.
Perto do fim da primeira etapa, o jogo seguia disputado, com poucos espaços. O Livingpool ainda ameaçou com Mattos, que recebeu lançamento direto de Piva, girou e finalizou rente à trave de Enzo. Sem maiores inspirações, o primeiro tempo terminou empatado.
Na volta do intervalo, o Livingpool foi direto ao ponto. Logo aos 2 minutos, Rapha deu uma fatiada espetacular, quebrando a defesa do Manochaco, e encontrou, mais uma vez, ele: Borgeth. Com toda a calma, o camisa 9 driblou Enzo e mandou para as redes. Golaço do começo ao fim! 3 x 2!
Mais uma vez atrás no placar, o Manochaco precisava correr atrás do prejuízo. Ainda havia muito tempo, mas o nervosismo começava a bater. O time manteve a pressão e criou boas chances. Niko antecipou um passe da defesa adversária e, de primeira, arriscou, exigindo boa defesa de Favero.
Do outro lado, Borgeth continuava inspirado e dando dor de cabeça à defesa rival. Em mais uma boa jogada, recebeu de Rapha pelo meio, limpou o marcador e finalizou, parando na defesa de Enzo.
Na tentativa de reagir, o Manochaco seguiu pressionando. Ralan recuperou a bola no campo ofensivo e tocou para Cala, que driblou o goleiro e finalizou, mas Vitinho salvou em cima da linha.
Na reta final, o Manochaco insistiu nas bolas alçadas, buscando o empate no abafa. Já o Livingpool apostava nos contra-ataques para matar o jogo. Em uma das últimas chances, Bento chutou com perigo, tirando tinta da trave.
Ainda assim, o Livingpool conseguiu segurar a vantagem até o apito final, garantindo uma vitória sofrida, mas merecida. Para o Manochaco, ficou a sensação do “quase”. Por pouco a equipe não arrancou outro empate no fim. Apesar da derrota, mostrou uma nítida evolução. E, agora, é olhar pra cima!
Ficha técnica
Livingpool 3 x 2 Manochaco - 2ª rodada do Grupo B do XIX Chuteira Cinco
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