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Em três minutos do caos, La Barca vira sobre o Real Madruga e consegue classificação história à semifinal da Prata

Não é de se esperar que um time cheio de jogadores leves e habilidosos seja também tão copeiro. Não é de se esperar que tenha maturidade e força mental para superar os momentos mais adversos. Não é de se esperar que, em sua primeira participação no Chuteira de Prata, chegue à semifinal. Mas foi assim, surpreendendo em cada fim de semana, que o La Barca venceu o Real Madruga, grande favorito no duelo das quartas de final. E, não foi uma vitória comum: uma virada relâmpago, construída em três minutos! Um 4 x 3 emocionante e dramático, o roteiro perfeito da equipe que mantém sua incrível ascensão na LCOF7.

O Real Madruga entrou como favorito porque tinha feito uma primeira fase quase perfeita, com seis vitórias e um empate, e foi logo mostrando que queria transformar os prognósticos em realidade. Com apenas um minuto de jogo, Seco aproveitou cruzamento rasteiro vindo da direita e finalizou. A zaga salvou em cima da linha, mas a sobra ficou para o próprio Seco completar para o gol vazio! 1 x 0! Uma forma de se aproveitar da ausência de alguns jogadores adversários, como Waltinho, Bonoldi e G. Dias, que chegaram atrasados.

Mesmo com a vantagem, o time azul e branco não abriu mão de dominar as ações, exercendo total controle sobre o adversário, e quase ampliou quando Seco fez desarme, avançou pela ponta esquerda, tabelou com Ornelas e saiu na cara do gol, sendo parado em dividida com o goleiro e a zaga. Depois, uma jogada trabalhada de pé em pé terminou em Cardoso, que soltou uma bomba e acertou a trave direita!

Do outro lado, mesmo mais encorpado com novos jogadores à disposição, o La Barca exibia sérias dificuldades em responder à altura. Sua primeira finalização só saiu com mais de 10 minutos disputados, em chute de João Guilherme que saiu sem direção. G10 também tentou, ao arriscar de longe num dos poucos momentos em que teve espaço, e obrigou João Vitor Gualtieri a espalmar para a frente!

Apesar dessas tentativas, o Real Madruga se manteve tranquilo, e conseguiu ampliar a vantagem com bastante naturalidade. Uma bola recuperada chegou até Nieto, que cruzou com açúcar para Ornelas, sozinho debaixo da trave, completar de chapa1 2 x 0! O momento só não foi melhor porque, no minuto seguinte, Adamo recebeu de Pilas, saiu na cara do gol e finalizou com tranquilidade, sem chances de defesa! 1 x 2! O adversário não deixou barato e tentou restabelecer a vantagem logo em seguida: Zaron deixou Gustavinho de frente para o crime, em plenas condições de marcar, mas Gu Pires saiu muito bem para tirar de carrinho!

Na volta do intervalo, o La Barca exibiu uma atitude diferente. Mais intensa e corajosa, a equipe passou a pressionar a saída de bola do rival, e chegou a impor dificuldades. Já o RM, bastante mudado em relação à formação que começara a partida, conseguiu, com o tempo, recuperar o domínio, e chegou com perigo por meio do seu forte jogo aéreo. Em cobrança de escanteio, Zaron subiu sozinho e cabeceou por cima da meta. Pouco depois, Gustavinho recebeu lançamento na ponta esquerda, driblou a marcação e cruzou rasteiro. Dentro da área, Tigo desviou e acertou o travessão! Quase um gol contra!

Ainda sem grande inspiração, restava ao time rosa e preto tentar de longe, como fez Adamo, que desferiu um chute potente da intermediária e obrigou João Gualtieri a espalmar para a linha de fundo! Essa inspiração, por outro lado, não parecia faltar ao adversário. Zaron começou jogada com um desarme e passou para Ornelas. O madruga 9 driblou a marcação e passou para Zé dentro da área vencer Gu Pires com um lindo toque de cobertura! BM ainda tentou cortar, mas já era tarde demais! Golaço e 3 x 1 no placar!

O duelo ficou, então, à feição do Real Madruga. Uma esquadra que se preparou muito para conquistar o Chuteira de Prata. Com um elenco farto e cheio de opções, uma equipe técnica muito atuante e detalhista, e um desejo insaciável por controle total. Controle é a palavra-chave do jogo madruguense: controle do ritmo, por meio da posse de bola ou sem ela, de uma defesa segura, e com disposição para atacar só quando necessário. Não é um futebol brilhante, mas é o mais competitivo do certame. Ou pelo menos era.

Justamente quando a partida estava em suas mãos, totalmente controlada, algo se descontrolou. O jovem e destemido La Barca resolveu colocar o elemento do caos em quadra. Porque só o caos explica como, mesmo perdendo por dois gols de diferença, a equipe conseguiu espaço para contra-atacar. Aos 17 minutos, G. Dias aproveitou a sobra de uma tentativa de ataque do rival, disparou pelo meio e tocou com categoria na saída do goleiro! 2 x 3! Logo na sequência, nova roubada na defesa, novo contragolpe veloz. Pilas dominou pela direita e passou para Mateus, que também teve calma ao finalizar de chapa, deslocando João Gualtieri Empate imediato! 3 x 3!

Em êxtase, os la barquenses não se contentaram com o empate que os mantinha vivos na disputa. Aproveitando-se da confusão mental que atingiu o rival, eles tramaram o golpe decisivo. Waltinho recebeu com liberdade pela meia esquerda e usou toda sua visão de jogo para servir Mateus. Livre dentro da área, o B 28 não perdoou! Usando a parte interna do pé, ele estufou as redes e virou o placar! Inacreditável! 4 x 3!

Professores Pedrão e Osvaldo Artini promoveram diversas substituições em busca do empate. Não adiantou muito, pelo menos num primeiro momento. Somente nos minutos derradeiros é que o time voltou a mostrar algum vigor ofensivo. Zaron cobrou falta, a bola desviou no meio e sobrou para Ornelas. Na hora de mandar para dentro, ele acabou travado pela zaga! Pouco depois, Zé arriscou do grande círculo e Gu Pires defendeu com a ponta dos dedos, concedendo escanteio! Na cobrança, uma confusão dos diabos na área, até a bola sobrar para Vilhena, que não conseguiu aproveitar! Foi a última chance!

Ao som do apito final, os jogadores do La Barca irromperam em delírio. Não só pela vitória inesperada, mas também pela forma como conseguiram reverter uma situação desfavorável que, em diversos momentos, pareceu irreversível. Somente a força de uma equipe jovem e destemida para conseguir tal façanha. Uma equipe que reúne atacantes incisivos, o decisivo Mateus (herói nas oitavas e nas quartas), o seguro Tigo, o fantástico Gu Pires sob as traves, e muito mais.

Nas semifinais, o adversário será o já conhecido Interativo. Um time que não teme o caos, mas o usa para alimentar suas feras Zé e Léo. Na primeira fase, o LB venceu de virada, com gols no final, em duelo igualmente caótico. Não podemos esperar outra coisa senão um jogaço de bola!

Ficha técnica

Real Madruga 3 x 4 La Barca - Quartas de final do XXVII Chuteira de Prata

Gols: Seco, Ornelas e Zé (RM); Mateus (2) Adamo e G. Dias (LB)

Cartões amarelos: Cardoso (RM); Mateus e Pilas (RB)

MVPs: 1 – Mateus (La Barca); 2 – Pilas (La Barca); 3 – Ornelas (Real Madruga)
 
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