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Mesmo desfalcado, TSR faz partida perfeita taticamente para vencer Mãochester; deuses ajudaram

Se uma palavra define a surpreendente vitória do TSR para cima do Mãchester na 3ª rodada, esta seria superação. Talvez possa acrescentar a este caldo outra – ousadia – já que foi exatamente isso num momento crucial do jogo que deu a vitória aos construtores.
 
Ao entrar em quadra, o TSR era só receios. Afinal de conta, seus principais jogadores não estavam presentes. A rigor, o ataque da noite seria de um estreante (Zé Gol) e quem mais avançasse ao seu lado, pois Naka e Theo não compareceriam. Sem Machioni e Battaglia, peças do setor defensivo, a postura da equipe definida pelos técnicos Bissi e Edão era uma só: marcar meia quadra com muita força e tentar os contra-ataques. Do lado do Mãochester, o jogo de sempre visto até agora: muito toque de bola, habilidade e cavando espaços na defesa alheia.
 
Apito inicial e o rolinho que o aniversariante do dia, Pintinho – devidamente homenageado com um “parabéns a você” antes do jogo –, deu em Adilson poderia soar como uma premonição do que estava por vir. Podia, mas o TSR não queria saber de brincadeira, e esse time joga duro e não tem medo de ninguém, tanto que a primeira situação de perigo foi criada por eles: Edson saiu bem pela esquerda e Zé Gol só não fez o seu porque o cruzamento foi mal feito e facilmente interceptado pelo goleiro Gambelli.
 
Pelo Galo, Pintinho era o mais acionado e o mais cheio de vontade. Era o que mais arriscava a gol também. Na primeira dele, ciscou (ahá!) pra lá e pra cá até achar um buraco pro chute forte mas muito alto. Na próxima, David achou o mesmo Pintinho na área e deu belo passe, que acabou em dividida do atacante com o goleiro Luna. Este se deu mal e teve de deixar o jogo. Presságio de maus tempos? Ao fim do jogo, diríamos o oposto, mas quando Escobar assumiu a meta do time sob dúvidas de olhares externos, uma voz do lado de fora ressoou: “Esse que entrou é melhor que o que saiu”. Oras, mas Escobar não é jogador de linha? Como poderia ser melhor?
 
Eis uma daquelas situações de alinhamento de planetas, de passagem do cometa Haley, que tem sorte quem vê numa vida, pois só dali a 86 anos. Se você é das antigas, se lembra de quando Pumpido quebrou a pernas e Goycochea assumiu a meta da Argentina para levar a seleção hermana até a final na Copa de 1990, não? É coisa divina, dos astros. Escobar entrou para ser herói. Chega de viajar e vamos pro jogo!
 
Sem goleiro de ofício ficaria mais complicado, o jeito era recuar todo, certo? Pois não! Primeiro golpe de mestre: contra-ataque pela direita, Adilson, o god of raça, disparou como um míssil e cruzou na medida para Edson escorar e abrir o placar! Sim, senhor! TSR na frente! 1 x 0!
 
Zebra? O uniforme é listrado, mas trocaram o branco pelo laranja. E esqueceram de avisar o time, pois o segundo gol não tardou a sair. E aqui vimos como a habilidade pode ser traiçoeira, em que o técnico se lamenta de não ter um zagueiro do tipo beque de fazenda para bicar a bola para o lado que o nariz aponta. Tudo começou com Guto – demos os devidos créditos –, que foi um trator para brigar e recuperar a bola no meio de campo. Quase caindo ele foi tentando até que Abutre chegou para acabar com a festa. Chegou como quem sabe das coisas, dando um toquinho mágico para ela subir num arco perfeito em que o auge dela é sobre a cabeça do rival num ângulo de 90 graus, quando começa a descer acelerada. Descrevemos aí o chapéu, claro, que levantaria a torcida prendendo o fôlego e soltando ao ver a bola cair a seus pés sem resistência. Seria belo se não fosse trágico, já que o desfecho não foi a matada perfeita, no peito ou no peito do pé, seguido do passe preciso, mas sim a interceptação de Edson, a ajeitada para a perna direita e o chute rasteiro forte que enganou Gambelli. 2 x 0!
 
A bola na trave que o Mãochester mandou em seguida só serviu para assanhar os seus demônios. Não seria mesmo dia (noite, no caso)? Ao TSR, restava defender bravamente seu território e impedir o avançar rival. Mas o que vinha sendo feito com perfeição ruiu nos minutos seguintes, quando o empate saiu sem o mínimo esforço. Uma vantagem de dois gols construída sob muito esforço e suor evaporou-se.
 
Na primeira vez Gabriel abriu a Cidão, que chutou cruzado da direita no alto e venceu Escobar. 2 x 1! Depois nem deu tempo de respirar que Gabriel anotou o empate! Em menos de um minuto foram dois gols! Sirene ligada no TSR e tempo pedido.
 
Seriam ainda 5 minutos de pressão do Mãochester, era certo. Na volta, David lançou da defesa e Abutre escorou de primeira da linha de fundo – em cima da linha mesmo – e por incrível que pareça a bola viajou em direção ao gol. Só não fez o gol espírita da rodada porque Adilson, o god of raça, foi ligeiro e chegou se jogando e conseguindo tirar em cima da linha. Incrível!
 
A essa altura o jogo já era muito falado, com discussões e reclamações. Depois de furada de Pintinho no ataque, Adilson, o god of raça, disparou em contra-ataque e Zé Gol tocou fraco cruzamento, facilitando para Gambelli. A chance derradeira do primeiro tempo veio de uma invertida linda de bola de Cidão para Pintinho – da direita para a esquerda – que terminou em chute cruzado para fora. Pintinho estava em noite de má sorte.
 
Agora vem a ousadia da qual falamos no abre desse texto. Jogando recuado, vencendo por 2 x 0 e vendo o adversário empatar, tudo indicava que o Mãochester viria pra engolir o TSR na etapa final. Seria o sprint para a vitória. Pois o TSR não tinha planos de se ver dominado e goleado. O time começou o segundo tempo com tudo, agredindo o Mãochester e indo pra cima! Ousadia!
 
Quando Zé Gol cabeceou errado, a bola ainda ficou para Edson na área, que perdeu a chance. Seria de se lamentar se, com 2 jogados, o mesmo Zé Gol não rolasse para a chegada certeira de Carica após confusão na área. 3 x 2!
 
Era a vez da vendeta inglesa, que parou em bela defesa de Escobar caindo no chão e defendendo chute cruzado como um verdadeiro goleiro. Seria ele um goleiro em segredo, tal qual um agente secreto que esconde de todos seu verdadeiro ofício atrás da imagem de um moço de bem e assalariado com benefícios?
 
O quarto gol não saiu em seguida porque Zé Gol não conseguiu matar o lançamento de três dedos de Rafa digno de cinema. Algo acontecia no Mãochester, que via o TSR turbinado. Descrença que o adversário poderia ousar naquele momento? E se não fosse Gambelli salvar com o pé de frente com Edson, este tinha tido sucesso no cruzamento da esquerda em novo contra-ataque de Zé Gol.
 
Do terceiro para o quarto gol foram apenas 3 minutos, na verdade. E uma dupla falha do Mãochester levou a isso. Cidão foi desarmado na direita por Carica, que acabou adiantando demais a bola no corte. A bola ia saindo em lateral, mas ele chegou junto com o goleiro Gambelli para a dividida. O goleirão foi com o pé mole e Carica levou a melhor, vendo a bola correr à linha de fundo. Mas ele correu mais e chegou na bola a tempo de, quase sem ângulo, escorar para a área e para o gol! Golaço pelo nível de dificuldade e vontade da jogada! Carica nela em seu segundo gol na noite! 4 x 2!
 
Foi um balde gelado tremendo, e o Mãochester parou com tempo técnico. Gambelli voltou jogando adiantado, tentando ser o homem a mais para abrir espaços. E agora sim vimos a pressão pra cima da defesa do TSR, que era comandada pelo god of raça Adilson – que jogava ora no ataque, ora na defesa, ora no meio. Quase um deus de tão presente em todas as partes do campo.
 
Fugindo do futebol, Rafa e David foram expulsos por cotovelos na cara um do outro. Um deixou o seu, o outro revidou em seguida e tchau para os dois! Para que isso, meus compadres? Falta marcada e dali Pintinho carimbou o travessão. O gol do aniversariante parecia que não viria.
 
Adilson, o god of raça, mandou a paulada desviada pela ponta dos dedos do goleiro após ajeitada de Carica. O mesmo Adilson, god of raça, deu um salto num carrinho no meio de campo para desviar arremate de Abutre. Conseguiu. Pintinho deu lindo drible no meio e bicou pra fora. Mas na próxima, recebendo na esquerda e chutando cruzado, ele venceu Escobar para diminuir a 4 x 3!
 
Foi um sufoco só. O Mãochester chutava de fora – sempre com Pintinho ou Cidão – e a bola teimava em não entrar. Por duas vezes a redonda ficou viva na área após defesa parcial de Escobar e o pé que aparecia no último toque era sempre da defesa para afastar. Adilson, o god of raça, teve duas chances para matar o jogo. Na primeira, Gambelli saiu de frente com ele livre e salvou com o pé. Na segunda, o camisa 14 recebeu de Carica em contra-ataque, ganhou na vontade do zagueiro e entrou na área, mas preferiu cair com o choque para cavar um pênalti. Podia ter feito o gol. Nada marcado.
 
E assim foi até o apito final, na base da vontade, da disposição, da entrega, da raça, da ousadia e da superação. TSR derrubava o favorito Mãochester, que saiu reclamando muito entre seus jogadores de tantas falhas apresentadas na defesa. Hennry esbravejou que ficava toda hora sozinho na defesa. Não à toa chegou a 4 faltas no jogo.
 
Vitória que dá muita moral ao TSR e também a vice-liderança, com 7 pontos, deixando o próprio Mãochester para trás, em terceiro, com 6 pontos. Quer manter a ascensão na 4ª rodada, ante o Boa Pergunta. O Mãochester, que não esperava a derrota, vai buscar a reabilitação ante o Tapas.
 
Ficha técnica

TSR 4 x 3 Mãochester – 3ª rodada da I Copa Calcio

Gols: Edson (2) e Carica (2) (T); Cidão, Gabriel e Pintinho (M)

Cartões vermelhos: Rafa (T); David (M)

MVPs: 1 – Adilson (TSR); 2 – Carica (TSR); 3 – Pintinho (Mãochester)

1º MVG: Escobar (TSR)

2º MVG: Gambelli (Mãochester)
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