A final do XVII Chuteira de Prata entre Condor’s e Camelo promete ser de muitos gols. O duelo reúne nada mais nada menos do que as duas equipes com maior número de tentos na competição (59 x 47, com vantagem para o time das corcovas). além disso, estarão em campo alguns dos principais artilheiros do certame. São os casos de Bahia – goleador absoluto – e Dri Ferreira, com 17 e 9 gols marcados, respectivamente, pelo lado dos pássaros; e Noal (10) e Antonelli (9), pelo lado alvirrubro. Ingredientes para uma grande partida não faltam.
 
Os finalistas acabaram confirmando as boas campanhas na fase de classificação, quando terminaram na liderança de seus grupos. Nesta, o time da pizzaria acumulou 5 vitórias e 3 empates, chegando inclusive a aplicar 12 x 2 sobre o Competition, na 8ª rodada. Já o time de Roberto Solcia obteve 6 vitórias, 1 empate e 1 derrota. A equipe só não venceu o Primatas (revés por 4 x 1 na 4ª rodada) e o HidroNG (empate por 2 x 2 na 8ª rodada).
 
Vieram então os playoffs. Por conta dos bons resultados na etapa anterior, Camelo e Condor’s não precisaram disputar as oitavas de final, entrando no mata-mata com status de favoritos. Contudo, não tiveram vida nada fácil. Nas quartas, o time das corcovas encarou novamente o Competition, o mesmo que vencera com facilidade semanas antes. No entanto, os alvirrubros renderam muito abaixo do esperado e, mesmo estando duas vezes à frente no placar, viram o rival jogar melhor. Ainda assim, o empate por 2 x 2 persistiu tanto no tempo regulamentar quanto na prorrogação. A vaga só veio nos pênaltis, quando brilhou a estrela do goleiro Choco, que defendeu uma cobrança e ajudou a equipe a seguir adiante.
 
Do outro lado, os pássaros também tiveram de suar, e muito, para conquistarem a classificação. O adversário era o velho conhecido Wake ‘n’ Bake, rival superado nas semifinais da edição passada da Série Bronze (vitória por 2 x 1) e na primeira fase da atual disputa (triunfo por 6 x 3 na 5ª rodada). Na primeira etapa, equilíbrio e vitória parcial, de virada, para o time de Roberto Solcia: 2 x 1. No segundo tempo, o terceiro gol marcado logo cedo deu falsa impressão de tranquilidade para o Condor’s. Depois, o Wake tomou conta da partida, buscou o empate e criou chances para resolver o confronto ainda nos 50 minutos regulamentares. Não fez, e acabou castigado na morte súbita, quando Rafa Martins marcou, colocando os pássaros nas semifinais.
 
Restava apenas um jogo para os times consolidarem suas participações e garantirem lugar na decisão. A primeira semifinal foi disputada entre Condor’s e Primatas. O time de Roberto Solcia estava entalado na garganta com a macacada, único oponente para o qual fora derrotado. Os pássaros guardaram o troco para o momento certo e, desta vez, praticamente não deram chances aos símios: vitória incontestável, com placar de 6 x 2. Do outro lado da chave, o Camelo não teve a mesma facilidade. Em partida tensa, o time da pizzaria garantiu o triunfo no gol de ouro, após empate por 1 x 1. Antonelli foi o nome do jogo, anotando os dois tentos alvirrubros.
 
É chegada a hora da decisão. Duas equipes que demonstraram DNA ofensivo ao longo da competição e que souberam sofrer quando pressionadas. De um lado, o Condor’s, atual campeão da Série Bronze, tenta encerrar o semestre erguendo mais um caneco. Para isto, precisará superar a equipe das corcovas, que, por sua vez, não sabe o que é perder na atual disputa e tenta coroar o retorno à Série Ouro com o título de maneira invicta.
 
Para colocar fim à série sem derrotas do rival, o time de Roberto Solcia aposta na habilidade de jogadores como Zé Henrique – ausente na semifinal –, Pagé e Rafa Martins, além da experiência e artilharia de Bahia e Dri Ferreira. Os dois últimos, aliás, são responsáveis por mais da metade dos gols marcados pela equipe – Bahia detonou na 1ª fase e Dri vem sendo o diferencial nos playoffs. Além deles, outros nove atletas já balançaram as redes na competição, incluindo os três também citados.
 
Já o Camelo lutará para manter sua invencibilidade e buscar mais uma vitória, apostando principalmente nos gols de Noal e Antonelli. Somados, estes marcaram 19 vezes na competição, sendo responsáveis por aproximadamente 30% dos tentos da equipe. Os ex-alvirrubros (hoje amarelinhos), obviamente, contam com outras características de peças importantes do elenco. Entre elas, a velocidade de Gabrielzinho e a segurança de Choco embaixo das traves, tendo perdido Jaka por contusão após as quartas de final. No total, 13 jogadores deixaram sua marca no certame.
 
Condor’s e Camelo possuem evidente característica ofensiva e jogadores decisivos. Os dois estarão de volta à Série Ouro no próximo semestre, tendo percorrido diferentes caminhos. O primeiro retorna à elite após quase três anos de ausência, passando por ampla reconstrução de seu grupo. O segundo, rebaixado no final de 2016, dá a volta por cima rapidamente e espera ter aprendido com os erros do passado. Neste sábado, saberemos quem irá comemorar por último.