Quem é que vai parar o Cabotagem Vasco? Uma das várias novatas da Prata 28, a esquadra alvinegra vem fazendo bonito e ofuscando o tão badalado The Homer, de quem está na frente pelo saldo de gols. A vítima da vez foi o sempre duro Madureira, que vinha embalado por duas vitórias seguidas. Mas, desta vez, nem a volta de Mogi evitou a derrota por 5 x 3 para o líder do Grupo B.
Cheio de confiança, o CV começou o duelo tomando a iniciativa. Porém, os movimentos iniciais foram travados, com poucas finalizações. Na primeira mais perigosa, aos 3 minutos, Muriloko avançou à ponta esquerda e passou para trás, onde Carlos chegou batendo de primeira, à direita da meta. No lance seguinte, Souza não perdoou: ele ficou com uma sobra no meio da quadra e emendou um chutaço direto no ângulo esquerdo! Golaço! 1 x 0! E quase teve mais: Muriloko tabelou com Nego, saiu na cara do gol e só não ampliou porque Lattes, de volta após uma rodada contundido, apareceu para bloquear.
Com dificuldades, o Madureira lançou mão de Mogi, seu melhor jogador ofensivo, mas que ainda não havia estreado na atual edição. O resultado foi imediato! Um minuto depois, o camisa 30 cobrou falta da entrada da área com um balaço. A pelota furou a barreira e só foi parar no fundo das redes. Isso que é estrela, a verdadeira “Estrela de Madureira” – aliás, nome de uma canção do Roberto Ribeiro que vale muito a pena ouvir! 1 x 1!
Depois da igualdade, o jogo ficou equilibrado. Pelo Cabotagem, Capacete aproveitou vacilo da saída de bola adversária e passou para Muriloko. Com espaço para dominar e finalizar, ele só não deixou sua marca porque Lattes saiu bem de novo! Na resposta, uma jogada rápida terminou em abertura para Barrucho na esquerda. Sem demora, ele emendou uma bomba de canhota, Prezoto espalmou e a bola ainda pegou na trave. Quase a virada!
Agora com mais dificuldades para construir jogadas, o time vascaíno passou a tentar de longe distância, mas sem sucesso. A solução foi aproveitar um dos poucos momentos em que o Madureira avançou e demorou para se recompor. Prezoto então passou para Bubu lançar Julinho em velocidade. Diante da marcação, ele puxou para o meio e bateu rasteiro, no cantinho esquerdo, para recolocar sua equipe à frente! 2 x 1! Em seguida, Souza tentou pela direita, Lattes defendeu com o pé e a bola sobrou para Muriloko. Com o goleiro batido, ele finalizou e viu um rival tirar em cima da linha!
O sufoco não assustou o Madureira, que conseguiu pressionar pelo empate nos minutos finais da primeira etapa. Mogi acionou Barrucho, e este rapidamente encontrou Alba com liberdade pela direita. Foi a vez de Prezoto aparecer fazendo uma defesa difícil! Logo depois, Bernardo ficou com rebote de cobrança de escanteio e encheu o pé; a bola desviou no meio do caminho e passou devagarzinho perto da trave esquerda. Novo tiro de canto, e agora Alba subiu para cabecear e obrigar Prezoto a intervir. Ah, e teve mais: Mogi, que já era o destaque da equipe, fez jogada individual pela direita, ganhou dividida com dois marcadores e, desequilibrado, chutou para fora.
Depois do intervalo, a partida recomeçou parecida com seu início, com muita marcação e poucas finalizações. Depois de algum tempo, o cabotista Nego tentou mudar o panorama ao limpar a jogada e arriscar do meio da quadra, mas Lattes estava esperto para espalmar. Do outro lado, nova chance em cobrança de falta. Desta vez, Julius bateu colocado e Prezoto caiu para fazer boa intervenção. Sinal de mais um tempo equilibrado? Não mesmo. A sensação de paridade de forças logo iria se dissipar.
Construindo pelo chão, com troca de passes, o Cabotagem mostrou a qualidade que o levou à liderança da chave. Bubu passou para Aguiar, e este devolveu para Bubu, já de frente para o crime. Aí ficou fácil: foi só completar de chapa e sair pro abraço! 3 x 1! Pouco depois, Julinho deu mais trabalho à defesa grená. Ele saiu da marcação pela esquerda e finalizou para defesa de Lattes.
O Madureira, apesar de também ter jogadores técnicos, passou a mostrar as velhas dificuldades na criação – e, desta vez, nem Mogi pode resolver. As oportunidades de gol foram raras na segunda etapa. Em uma delas, Padilha aproveitou vacilo de Julinho na saída de bola e chegou batendo de fora da área, mas para fora. Dava para ter feito melhor! Do outro lado da quadra, Nego tentou a finalização pela direita, a defesa bloqueou e Souza chegou batendo; Lattes fez a intervenção para impedir o quarto.
Dominante, o time vascaíno foi administrando a vantagem sem grandes sustos. E, já na reta final, conseguiu transformá-la em goleada. Souza cobrou lateral pela direita, pegando a defesa desatenta, e Julinho emendou de primeira, sem deixar a bola cair! Um golaço para fazer 4 x 1! E Julinho estava mesmo impossível. Ele recebeu um passe pornográfico de Nego por elevação, chegou chutando e acertou a trave! Depois, foi Souza quem arriscou de longe, de canhota, e carimbou o travessão!
Mesmo nessa situação delicada, o Madureira encontrou ânimo para descontar. Barrucho fez jogada pela direita e cruzou para a área. Souza, com sede de gol, tentou cortar e mandou contra a própria meta. 4 x 2! Só que não deu tempo de comemorar. No lance seguinte, Natan recebeu na ponta esquerda e concluiu rasteiro, mesmo sem ângulo. Provavelmente pego de surpresa, Lattes aceitou! 5 x 2!
O novo triunfo recolocou o CV na liderança, depois de o The Homer ter goleado no meio da semana. As duas equipes são as únicas com 100% de aproveitamento em toda a Prata. Palmas para elas! Na próxima rodada, os cabotistas tentarão manter a campanha perfeita diante do Colônia 355. Já o Madureira parou nos seis pontos e acabou ultrapassado pelo Vila Míssel. Nada tão preocupante, uma vez que a vaga no mata-mata segue totalmente ao alcance. Mas é bom não vacilar contra o Marola, seu próximo adversário. A Prata 28 está em nível altíssimo e não perdoa deslizes em série!
Ficha técnica
Cabotagem Vasco 5 x 2 Madureira – 4ª rodada do Grupo B do XXVIII Chuteira de Prata
Gols: Julinho (2), Souza, Bubu e Natan (CV); Mogi e Barrucho (M)
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