Nada se sabia a respeito das meninas de Invictus e Olimpia. Sobre a primeira, apenas que era a versão feminina do time masculino; quanto às olimpianas, Pupo era um rosto conhecido – além de Deb, esta por motivo familiar. Após o encontro, terminado em 2 x 1 ao Olimpia, ficou a boa impressão de dois times entrosados e que deverão disputar a taça com outras fortes concorrentes – mesmo que tenham privilegiado os sistemas defensivos. O placar nada dilatado provou isso.
Contudo, não foi uma partida tecnicamente agradável aos olhares atentos dos torcedores. As marcações estavam afiadas, e os lances de perigo eram poucos. Porém, quando chegavam, as meninas mostravam estar comprometidas na busca do caneco, como Pupo, que mandou de longe, mesmo que por cima do arco. Do lado de fora, a turma do Rabisco – na lanterna da Série Aço (masculino) – era só elogios às invictenses. Inclusive, o único cartão amarelo do match – para Mancini – ocorreu após a olimpiana 7 soltar palavras não tão fofas às provocações rabisqueiras. Não ligue, Mancini, eles são desse jeito.
O Invictus atacou pela primeira vez com Rubia, que pegou rebatida da zaga após lateral de Babi e mandou a chinelada, mas para fora. Karina respondeu pela direita, rolando atrás para o míssil de Amandinha: pela linha de fundo, mas com veneno! As invicetenses inauguraram o marcador aos 4 minutos. A jogada foi muito bonita: em saída rápida pela direita, Rubia tocou para Renatinha, que cruzou na área para Babi dominar e ajeitar atrás à canhota rasteira de Jull (esta vindo pelo flanco esquerdo), que morreu no canto direito! 1 x 0!
O Olimpia buscava sair do sufoco, após início de estudos e um entrosamento impressionante do Invictus. Pupo achou Karina na direita, que mandou rasteiro para defesa difícil de sua xará, esta mandando pela linha de fundo! Mesmo assim, demorou às olimpianas colocarem sua casa em ordem. Um pouco perdidas, passaram a rifar bolas no afã de algum desvio providencial que tirasse a equipe do sufoco.
Porém, antes mesmo que imaginasse, conseguiu a igualdade. Pupo realizou boa jogada e tocou para Mancini, que parou em Karina, na volta, a olimpiana 7 se valeu de embananamento da arqueira com sua zaga e balançou a rede! 1 x 1! O empate fez o Invictus recuar, chamando para sua quadra as adversárias. A triangulação Pupo, Karina e finalização de Roberta quase virou o game.
Estranhamente, o ritmo do duelo caiu, com as marcações se sobressaindo sobre os ataques, como uma linda travada de Guida na hora do bote de Karina. O Invictus respondeu em velocidade, com Babi tocando para Rubia, e a invictense 11 achando Guida numa boa, mas o chute saiu com muito perigo.
O intervalo se aproximava com o Olimpia melhor. O time só não virou na triangulação entre Amandinha, Pupo e Mancini porque o pé da olimpiana 7 não estava com o devido esmalte, pois seu chute no canto direito – no cara a cara com Karina – saiu! Pupo, em seguida, apareceu na intermediária e chinelou, mas por cima do arco. Rubia quis equilibrar as ações tomando de Carol pela direita, mas esse pé precisa estar mais calibrado, Rubia!
A etapa final seria um pouco mais movimentada, mas com a qualidade técnica ainda abaixo do esperado. Rubia começou os trabalhos tocando para Camila chutar da direita, mas Lulis estava atenta e fez defesa tranquila. De novo Rubia: após lateral da esquerda, ela meteu a cabeça sem piedade, mas para fora. Em lateral pela direita as olimpianas responderam, mas o voleio de Bia Flores foi pela linha de fundo.
A mesma Bia Flores começou a agitar a etapa final, e seria a protagonista do gol salvador do Olímpia. Antes, ela fez o pivô para Pupo na esquerda, mas Karina foi sensacional ao sair de forma arrojada de sua meta e defender a bomba à queima-roupa com a palma da mão esquerda! A arqueira não merecia o infortúnio no lance seguinte. Lance, aliás, bastante esquisito e contestado.
Bola na área invictense vinda de lateral, e entre pedido de mão de Pupo e suposta bola que bateu no teto, a invictense 2 cruzou da esquerda para Bia Flores apenas empurrar pro barbante e sair para o abraço! 2 x 1! O lance gerou reclamação das invictenses, como Messi, mas ainda bem que cobrir jogos femininos é melhor em termos de protestos: como homem chora por uma jogada supostamente marcada errada...
O Invictus não quis saber de lamentação e chegou em chute de Jull pela direita, mas para fora. Antes, Bia Flores quis ampliar em tentativa de longe, mas sem perigo. O ritmo, então, voltou a cair, e os bocejos entre os torcedores era visível. Amandinha quis mudar o panorama e achou Deb livre para ela agradar sua mãe, Neila, mas acabou barrada no baile na hora de entregar o convite e a bola foi a corner. Em cobrança de falta da intermediária direita, Amandinha soltou o sapato que explodiu na zaga, na sobra, a mesma Deb(inha) teve chance, mas mandou para fora sob o olhar de seu irmão, o técnico do Roleta Russa Dasmina, Victor.
O fim do embate se aproximava e o Olimpia estava mais perto do 3º, como em arriscada de Pupo da intermediária que subiu (deixando Bia Flores maluca da vida), do que o Invictus empatar. Pupo ainda teria sua última chance antes de as olimpianas pensarem no Futsamba: da intermediária, mandou para fora com perigo depois de boa troca de passes da equipe. Já o Invictus, que tentará a reabilitação diante do Imperial, ainda buscou o empate com Rubia da entrada da área, após pivô de Babi: longe, sem sucesso.
Ficha técnica
Invictus FF 1 x 2 Olimpia FF – 1ª rodada do V Chuteira Girls
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