É quase uma atitude suicida entrar em quadra sem reservas, por mais que se confie na potência física de seus atletas. No caso de não ser uma escolha, mas uma necessidade, tal situação evidencia o déficit organizacional do time, que sofrerá as consequências de não se preparar para um campeonato equilibrado e de “tiro curto”.
Sem contar com alguns jogadores machucados e outros ausentes, o Lobos chegou com a formação mínima para enfrentar o bom La Buça Romana, que até então acumulava uma vitória e um empate, enquanto os caninos vinham do péssimo retrospecto de duas derrotas seguidas.
Sem escolha, o time alvinegro apostou na individualidade de Robinho e na raça dos homens da defesa. Do outro lado, a qualidade de Moura, Maestre e Pedrinho, que foi o grande destaque da equipe “italiana”. Logo aos seis minutos, o próprio Pedrinho arriscou o chute de fora da área, mas a bola explodiu na defesa, então, com o rebote, tentou um chute mais colocado e contou com a falta de sorte de Poeta, que se embananou todo com a bola e acabou colocando para dentro do patrimônio.
Logo na sequência, dois minutos depois, foi a vez do camisa 9, Moura, receber bom passe do capitão Santiago e aproveitar a oportunidade criada. Com frieza, colocou de chapa no canto oposto ao do goleiro e a bola passou longe do alcance de Poeta, que sofria com o campo molhado e a fragilidade de sua defesa. O terceiro tento italiano aconteceu em novo intervalo de dois minutos. Ou seja, em menos de cinco minutos o placar já estava dilatado para o La Buça. Aos 10, Perna aproveitou a enorme liberdade que a defesa canina dava na intermediária e arriscou de fora, acertando um chute preciso no canto esquerdo do goleiro.
A inesperada reação do Lobos deu as caras. Se o time levou três gols em pouquíssimo tempo, conseguiu diminuir a diferença também jogando com velocidade. Aproveitando o natural estado de relaxamento do adversário com o marcador, Robinho recebeu livre na grande área e girou rápido para finalizar sem deixar a bola cair, marcando um golaço. Na saída de jogo, os caninos pressionaram e forçaram o erro do La Buça, conseguindo uma reposição na lateral. Na cobrança, Cainho foi mais rápido que a defesa e, do alto de seus quase um 1,60m, cabeceou para diminuir a vantagem do rival e colocar seu time de volta no páreo.
Apesar de bobear muito na primeira etapa, o La Buça aproveitou o intervalo para colocar a casa em ordem e logo no início do segundo tempo chegou ao quarto gol com jogada individual de Maestre pela esquerda, batendo cruzado, rasteiro, sem chances para Poeta.
Motivados pelo finalzinho do primeiro tempo, os jogadores do Lobos até tentaram reagir a tempo, evitando que o cansaço minasse as chances do time. Cainho e Robinho, os melhores em campo pelo alvinegro, tentaram de fora da área e ambos carimbaram a trave. Porém, quem estava com o pé calibrado era o La Buça. Pedrinho aproveitou contra-ataque aos 9 minutos e arrancou sozinho com a bola. Foi egoísta e não serviu nenhum colega que fechava pelas alas, mas acertou outro chute preciso e fez seu segundo tento na partida, praticamente sacramentando a derrota do Lobos. O sexto gol veio dos pés do camisa 10, Nanci, que bateu de fora após rebote da defesa.
Curiosamente, o último lance da partida foi um bonito gol após tabela entre Robinho e Cainho, que deixou o camisa 10 na cara do goleiro, só precisando bater colocado na bola para tirar do alcance do arqueiro do La Buça.
Com a vitória, os italianos agora somam sete pontos e estão na vice-liderança do Grupo B. Na próxima rodada, o La Buça medirá forças diante do Shakthar dos Leks, em um jogo que pode valer a segunda colocação da chave. Por outro lado, sem pontuar, o Lobos enfrentará o líder Ira e agora é vencer ou vencer.
Ficha técnica
La Buça Romana 6 x 3 Lobos – 3ª rodada do II Chuteira 5
Gols: Pedrinho (2), Moura, Maestre, Perna e Nanci (LBR); Robinho (2) e Cainho (L)
Cartão amarelo: Perna (LBR)
MVPs: 1 - Pedrinho (La Buça Romana); 2 - Moura (La Buça Romana); 3 - Robinho (Lobos)
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