Classic 3 alcança a metade de sua fase classificatória com boas pistas de quem avançará em cada bloco, mas, depois da rodada 6, algumas situações podem mudar
A Redação Jornalística da Liga Chuteira de Ouro F7 já tem seus palpites para as ocupações de G-6, Play-in – Repescagem e planejamento antecipado ao Classic 4 (em 2026). Isso não significará nada se, na metade da fase de classificação, a rodada 6 apresentar um quadro distinto ao que foi pintado até o momento. A quem alcançou ou ultrapassou os 10 pontos, casos de Soberanos, Real Paulista, JP e Cachorro Velho, é permitido pincelar melhor o segundo semestre com suas virtuais classificações a algum período do mata-mata. Porque a turma que soma 4 pontos (Ras Time, Se7e de Perdizes e Arouca) ainda terá confrontos diretos entre si, e enfrentarão equipes, hoje, apresentando maior consistência. Soma-se o La Coruja, único time que não venceu em cinco compromissos.
No balanço das horas tudo pode mudar já cantou a banda Metrô. Pode ser o caso do Arouca, que amanhã abre a 6ª rodada diante de um surpreendente Cachorro Velho. Esse combate, no estágio do Classic 3, serve apenas para detonar treinadores. Claro que isso jamais aconteceria por aqui, ainda mais que Markinhos e Rada Tutty são mais jogadores do que orientadores de Aroucão e CV, respectivamente. Porém, a licença poética permite te encantar, pessoa-leitora, a fim de ilustrar a atual situação (precária) do duplamente finalista da divisão, que somou apenas um triunfo. Na lista de inscritos, há nomes como Moskito, Rapha Hulk e Interior para atuarem juntos a Nelsinho, Fon, Raphinha, Ton, Luan etc. Então se imagina uma máquina de jogar bola. Sim, mas está trocando os pneus com o carro andando desde as ausências de Murilo, Lodetti e, recentemente, Thiaguinho. Os arouquistas enfrentam uma cachorrada humilde, mas bem diferente do passado recente.
Já Ras Time e Se7e de Perdizes entrarão em quadra na próxima semana sabendo o resultado de Cachorro Velho x Arouca. Independentemente, começarão seus duelos ante Interativo e JP, respectivamente, pressionados por suas torcidas, imprensa, e por eles próprios. O vice-campeão da primeira edição encontra dificuldade ainda maior em relação ao ano passado, quando confirmou sua classificação ao Play-in – Repescagem apenas na reta final da fase de classificação. Saiu da zona da exclusão sumária na rodada passada, ao derrubar o La Coruja. “O RAS começou devagar o Classic 3”, admite Macaulin, autor de dois dos quatro gols que o RT fez sobre a corujada. O eterno RT 8 reconhece a passagem rápida e inclemente do tempo: “Depois de ter feito uma reformulação no elenco, ocorreram ausências e muitas lesões que comprometeram o início do campeonato. Agora trouxemos gente muito boa, que encaixaram rápido. O nível (do Chuteira Classic) subiu, e a água bateu na bunda, tivemos que acordar. Agora começou pra valer".
Se o RT está em reconstrução, idem acomete aos se7istas. Veio com elenco refinado, potente... insolente. Começou com gás nas alturas, porém derrapou em seus três últimos jogos, flertando com a linha entre mata-mata e férias antecipadas no modo hardcore. Sempre apresentando o mesmo enredo: gasta todos os predicados técnicos e físicos durante bom período, depois derrete. “O Se7e teve bastante mudança, todo mundo se conhecendo, e tivemos muito azar também”, minimiza Pereira, o ‘mister 7’. “Tirando o jogo contra o Sagrado, fomos superiores em todos os outros e pecamos na hora de fazer o gol. O time está jogando bem, e a tendência é melhorar. Vamos chegar, pode cobrar!”, instigou Pereira.
De olho nestas partidas estarão All Games e La Coruja, que se enfrentam no dia 16. Quem vencer, poderá rever seus atuais conceitos caso os citados que têm 4 pontos no momento, permaneçam na mesma situação. A turma de Pipo Meireles poderá chegar a 9 pontos e ficar mais tranquila para trilhar classificação à fase final. No caso da corujada, além de um alento na tabela no caso de um triunfo, seria uma espécie de estímulo para o time largar o estigma de ser o “time visado pelo adversário, que se sente pressionado a ganhar de no mínimo três senão nem comemora”, de acordo com a boca miúda.
Unidos, somos favoritos – O grande jogo da rodada, em relação à expectativa alta nas partes técnica, tática e mental, é o encontro dos atuais primeiro e segundo colocados, respectivamente, Soberanos e Real Paulista Classic. Mostram fortes estruturas para aguentarem o longo ritmo do Classic 3. Não será uma partida cruciante para efeitos classificatórios, uma vez que dificilmente deixarão escapar uma vaga no mata-mata, e com a tendência de serem os lugares do topo, mas será termômetro para testar limites. Se de uma lado, a soberanada entrosa Buru, Zoghbi, Odimar, Pelé, Digão, e outros jogadores, cada vez mais a Joninhas e Cavenco, por exemplo, do outro, o RPC apresenta um conjunto envolvente com Papai do Axé, Joãozinho, Kuminha, Dutra, Juninho, Pina, Bizuza etc.
“Começamos com duas rodadas ruins, onde a gente reformulava o elenco, às pressas, e o Classic 3 está sendo um campeonato que não deixa você vacilar”, critica Papai do Axé, um dos expoentes do Real Paulista, antes de ser saudosista: “A gente sabe das nossas limitações de idade, e que devemos nos entregar para obter os resultados. Porém, mesmo a competição tendo uma faixa etária na casa de 35 anos, e que tem jogador até com pouco menos idade, não podemos apenas pensar em físico, até porque nunca deu certo pra nós (risos). Vai ter de ser na bola e na tática conforme o jogo”. Em caso de vitória, a soberanada dispararia na liderança, enquanto o RPC, a assumiria.
No mesmo dia 17, abre os trabalhos da noite o primeiro Sagrado x Real Madruga da história. São duas equipes que ingressaram no Chuteira Classic neste ano, injetando um pouco mais de juventude ao torneio, e qualidade técnica, uma vez ocupam a meiuca da tábua classificatória. Se de um lado haverá um sagradinho pronto para colocar sua escola ofensiva em ação, sob a liderança técnica de Cassio, a madrugada não deverá fugir tanto de seu estilo defensivo, tendo Nieto retornando à sua velha forma.
OS ELEITOS PELA REDAÇÃO NA 5ª RODADA:
O MELHOR E O PIOR DA 5ª RODADA DO CLASSIC 3:
- o melhor
“O líder absoluto. É inegável a evolução de times como o Cachorro Velho, JP, e o Soberanos em relação a 2024. Os reforços pontuais ajudaram a turbinar o já bom elenco da soberanada, mas então aquém aos demais concorrentes ao caneco vencido pelo Divino. Neste ano é diferente: tem Digão atrás, Cavenco e Joninhas no meio, Pelé na frente, e jogadores como Gatti, Buru e Justen voltando às velhas formas. Pagou o pato o Interativo” (Dodô)
- o pior
“Virou carne de vaca a campanha do Arouca no Classic 3, ainda mais tendo de encarar um Real Paulista entrosadinho. Logo, a decepção maior acabou sendo o Cachorro Velho diante do Real Madruga. Em nenhum momento iludiu o povo, realizando uma segunda etapa osso duro de roer para sua torcida inclusive. Nada funcionou a quem liderou por duas rodadas o certame” (Dodô)
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