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Após empate no tempo regulamentar e na morte súbita, Futsamba leva troféu do Chuteira Girls nas cobranças alternadas de shoot out\r\n

 
Quem esperava vida sossegada ao Futsamba, por conta de sua campanha 100% na fase de classificação, acabou vendo uma surpreendente decisão. Diante de um competente Olímpia, as sambonas sofreram no tempo normal, quando Thais abriu o placar, mas Roberta (de pênalti) foi buscar a igualdade ainda na primeira etapa. Com muita tensão e chances criadas, o segundo tempo e a prorrogação terminaram sem gols. Coube a Ari e Lulis serem as protagonistas nas cobranças de shoot out, e a arqueira do Sambão foi fundamental para sua equipe levantar o caneco da 5ª edição do Chuteira Girls.
 
Para onde você olhasse, era gente espalhada em torno da quadra e alto-falantes com som do pancadão. O funk, som oficial do Futsamba, entrava na mente de todos que compareceram à quadra nevada e passou até a ditar o ritmo da finalíssima – que começou com escanteio pela direita que Fernanda pegou de primeira para defesa arrojada de Lulis por cima do arco!
 
O Futsamba dava a entender que viria diferente do que apresentou na semifinal (arrancou empate com o Roleta Russa Dasmina no apagar das luzes para ser finalista), porém o Olímpia também dava mostras que seria outra equipe, nem próxima da que conquistou apenas um triunfo na fase classificatória. A prova veio com contragolpe promissor de Gabi, arrancando em velocidade até abrir na direita para Pupo – Mito teve que chegar duro para marcar terreno e evitar o chute. Já Lulis teria novo trabalho ao sair socando lançamento de Fernanda, para depois isolar a criança antes da chegada de Paula Japa.
 
O tempo marcava 4 minutos, e o Olímpia apostava na sua formação com Amandinha (no comando da zaga) ao lado de Leticia, Gabi, Pupo, Deb e Juliana se movimentando no meio de quadra, e Roberta flutuando no ataque – na tentativa de confundir Fernanda, Mito, Dani (estas amparadas por Paula Japa, Cinthia e Fefe), prontas para fazer qualquer desarme. A ausência de Stella na decisão foi um diferencial – com a habilidosa jogadora, Janu teria outra válvula de escape para enfrentar Ari e cia.
 
Quem começava a se destacar era Fernanda. Seria eleita a melhor jogadora da final e do torneio por conta, por exemplo, de desarmes importantes – sobretudo na etapa derradeira e prorrogação –, ou por cobranças de faltas, como a que realizou à área olimpiana antes da meia-quadra, com Lulis apenas acompanhando a saída da gorduchinha.
 
Parte da arquibancada viria abaixo quando Dani tentou cortar cruzamento usando supostamente o braço! Na visão do público, pênalti claro! Para os árbitros, corte com o peito e deixe as meninas jogarem! Deb, em seguida, tentou manter a pressão ao mandar lindo passe da esquerda, interceptado a escanteio na hora certa! O momento era de emoção, e a parte funkeira da decisão explodiria de alegria aos 8 minutos.
 
Paula Japa recebeu pelo flanco esquerdo antes da meia-quadra e correu como Florence Griffith-Joyner, deixando marcadoras para trás até chegar no bico da área e mandar o pé direito, que passou por Lulis. Thais, que acabara de entrar na peleja, deu seu primeiro toque na bola. Adivinha para onde? Para o fundo da rede, completando a bela jogada de Paula Japa! 1 x 0!
 
Amandinha tentou em cobrança de falta da entrada da área deixar o Olímpia nos eixos. Mesmo que a tentativa tenha saído, já foi suficiente para o técnico Gabs se preocupar e pedir tempo técnico aos 11 minutos. A ideia era esfriar o ímpeto adversário, mas a concentração de Pupo, junto com a pegada das demais olimpianas, logo deu pistas que o Futsamba teria problema até o intervalo. Antes, contudo, Pupo cometeria falta no ataque para Fernanda mandar à área. A bola viajou e caiu no canto, onde Lulis se esticou para defender parcialmente – com o rebote de Thais sendo travado.
 
As meninas do Monte Olimpo começavam a se distribuir melhor em quadra, tudo sob a regência de Janu. Pupo buscava jogo e Roberta abria espaços, e isso era promissor; por exemplo quando a dupla funcionou em contra-ataque com lançamento para a camisa 22, mas com chute fraco da camisa 2 após o passe. Paulinha Notari, quando entrou em quadra, mostrou ao repórter que estava ligada ao bater a carteira de Bia Flores e tentar jogada de Garrincha. Boa, Paulinha, pelo menos fez mais do que nos últimos jogos (risos sarcásticos do repórter em represália ao #chupadodo no Facebook).
 
A igualdade chegaria aos 19 minutos, quando Paulinha Notari cometeu falta em Roberta próxima à linha da área. Ou foi em cima da linha mesmo? Se foi em cima da linha, é pênalti, minha amiga! A própria Roberta cobrou no alto para sair à comemoração! 1 x 1! O empate só não chegou antes pois a mesma Paulinha não deixou, ao travar tentativa de Bia Flores – após ótima jogada de Roberta e Juliana não completar o cruzamento!
 
Com uma espécie de folha-seca antes do meio de quadra, em falta cobrada por Fernanda que pegou no pé da trave, e com Pupo cruzando lindamente da direita à segunda trave para Leticia perder na cara de Ari, o movimentado primeiro tempo terminava. As torcidas estavam animadas e incentivavam suas equipes. O restante da decisão seria emoção pura.
 
“Pode jogar que eu corro”, pedia Pupo, assim que o cronômetro voltou a rodar. A situação havia invertido: o Olímpia estava com a posse da redonda, enquanto o Futsamba recuou para se defender e apostar nos contragolpes. Nas várias trocas de passes, as olimpianas descolaram falta pela direita. Na cobrança ensaiada, Roberta passou pela criança, Juliana desceu a lenha cruzada, mas Bia Flores não desviou e o destino foi o tiro de meta.
 
O contraste nas arquibancadas era interessante. A torcida do Olímpia parecia um salão nobre da realeza dinamarquesa de tanta calma; os torcedores das sambonas, lembrando Brasília de tanta zona que realizavam. Festa bonita, que aumentou quando Roberta cometeu duas faltas quase em sequência em Mito (apelidada de Neymar pela torcida do Olímpia). Os públicos vieram abaixo! Os protestos também, um lado pedindo cartão amarelo, o outro dizendo que a capitã do Futsamba havia se jogado nos lances.
 
Quem andava sumida era Fefe. A artilheira do certame finalmente surgiu ao completar falta de longe, mas parar em Lulis (mandou por cima a corner). Pupo, ao contrário, era pura proatividade: da direita, ela sentou a botina cruzada que saiu com perigo à linha de fundo. O lance fez Gabs pedir um break aos 8 minutos, com a torcida de um lado gritando “vâmo, Olímpia”, e a turma do Roleta Russa Dasmina cobrando o repórter para anotar de forma legível os lances no papel.
 
Era visível o nervosismo das jogadoras. Porém, não faltava vontade – e funk. Juliana esfriou a mente e protagonizou uma jogada importante, ao sair driblando e deixar Pupo face a face com Ari, mas a olimpiana tirou demais e a bola tirou tinta da trave! Já Cinthia receberia bronca homérica de Sarah ao perder contragolpe em seguida: “Não para, Cinthia, **cet*”, falou a sambona 14 ao ver a amiga prender a pelota por um segundo e desperdiçar boa tentativa.
 
Paralelamente, a escalada de faltas do Olímpia vinha na proporção das reclamações de que elas (faltas) não deveriam ser marcadas. Em uma delas, Fefe encheu o pé, mas por cima da meta de Lulis. Pupo tentou aliviar a pressão chutando rasteiro, mas para fora, após apanhar sobra. O que a jogadora não previa era sua equipe ficar pendurada em faltas aos 13 minutos! Haja coração, diria um famoso narrador esportivo.
 
A polêmica do match chegaria em seguida, com Carol cometendo mais uma infração e concedendo shoot out ao Futsamba. O busílis se fez quando Janu pediu tempo técnico antes de a falta acontecer, mas a arbitragem não se atentou ao pedido e deixou o lance seguir. Mito partiu para a cobrança, mas Lulis salvou com as pernas para deixar Sarah maluca da vida com a capitã ao passar livre pela ala direita (talvez fosse só rolar pro lado, Mito)!  
 
Pupo ainda tentou de bico pela esquerda, mas pegou fraco; Bia Flores agradeceu a participação de Carol ao voltar para a quadra; e Juliana deu o último suspiro ao arrematar escanteio, mesmo que para fora. O tempo normal estava encerrado, e a prorrogação teria o Olímpia pendurado em faltas.
 
A morte súbita começou com Fefe cometendo infração, o Olímpia mordendo a saída das sambonas, e também com as ausências de Amandinha e Roberta (fariam falta). Na arquibancada, quem latia era o bonito cachorro da torcida olimpiana, e o som se misturava com o funk, ou seja, o clima de final de Copa estava instalado.
 
Exceto por um escanteio ao Olímpia, os 3 minutos iniciais foram travados. Ninguém queria se arriscar tanto. Mito estava acesa e roubou bola até entregar para Paulinha na direita. Pronto, logo o repórter pensou que levaria um baita ‘chupa’, mas o chute da sambona 9 foi longe.
 
Fefe também estava ligada e querendo jogo, mas o calcanhar de Mancini a assustou – Ari defendeu a fraca tentativa. A arqueira começava a ter trabalho, como no chute da intermediária de Juliana que teve que encaixar. Quem também estava atento era o sistema defensivo das sambonas, cujo mar de pernas fez a nova tentativa de Juliana ser desviada.
 
A prorrogação continuou com Fernanda soltando pancada rasteira da intermediária. Lulis mandou a escanteio e, após a cobrança, o bate-rebate ficou com Thais, que parou na arqueira do Olímpia! Aos 7 minutos, a goleira seria novamente decisiva depois de lateral errado atrás e o foguete Fefe arrancar pela esquerda: a tiarinha foi de bico, como Philippe Coutinho contra a Costa Rica na Copa 2018, mas Lulis efetuou a defesa! Daí Janu pediu calma, e assim foi até os árbitros aliviarem os corações dos torcedores.
 
A decisão na cobrança alternada de shoot out teve início com Mito, mas Lulis a parou de novo! Bia Flores teve a chance para o Olímpia, mas Ari mostrou por que é uma gata e voou no canto para salvar as sambonas! Daí a MVP da competição, Fernanda, foi tentar converter sua cobrança, mas praticamente cobrou um field goal! Já Roberta tentou driblar Ari, porém a guarda-meta saltou nos seus pés e ficou com a redonda! Cinthia poderia ter sido a protagonista, mas levou à direita para carimbar o travessão!
 
O título ao Olímpia tinha tudo para sair dos pés de Juliana, mas foram outros pés a manter a disputa: os de Ari! 3 cobranças perdidas para cada lado! Então, iniciou-se outra sequência, alternada. Alice foi a primeira a furar o bloqueio de Lulis! Só que Pupo conseguiu vazar Ari em seguida! Paula Japa teve estilo ao levar para esquerda e matar Lulis com o pé direito! Porém, Mancini também teve categoria ao fintar Ari antes de empatar! 2 x 2!
 
Finalmente a definição: Thais converteu sua cobrança, mas Carol chutou para fora e determinou as mais novas campeãs do Chuteira Girls: as sambonas do Futsamba, com muito pancadão!
 



Ficha técnica
 
Futsamba 1 (3) x (2) 1 Olímpia – Final do V Chuteira Girls
 
Gols: Thais (F); Roberta (O)
 
MVPs: 1 – Fernanda (Futsamba); 2 – Pupo (Olímpia); 3 – Juliana (Futsamba)


Campeãs levaram todos os prêmios individuais: Fefe foi a artilheira; Fernanda Cândido, a MVP; enquanto Ari foi a melhor goleira
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