Após ser derrotado na estreia, o Imperial se reabilitou ao derrubar o Invictus por 2 x 0 e assumiu a ponta do Grupo B – empatado com o Olimpia, mas na dianteira pelo saldo de gols. Juliana e Maat balançaram a rede e ajudaram sua equipe a passar por uma adversária bem posicionada, mas que pecou na hora das finalizações e só vazou as metas adversárias uma única vez em duas rodadas. A nota triste ficou por conta da contusão de Rubia já no final – tornando a invictense 11 dúvida para o confronto decisivo ante o Pauline.
Por falar em Rubia, foi de seus pés que nasceu a primeira jogada efetiva, quando ela mandou para a área visando Babi, mas a invictense 9 tropicou na hora de dominar a criança e as imperialistas chegaram para rasgar o perigo. O lance escancararia um problema ao Invictus: a falta de uma maior pontaria ofensiva, já que o sistema defensivo estava bem posicionado. Em um grupo que tem Roleta R. Damina, Futsamba e Independente, o saldo de gols poderá decidir um melhor posicionamento. Sabendo disso, Rubia foi acionada com passe da zaga e, livre, tentou, mas a bola desviou e saiu a corner com veneno!
A vida do Imperial poderia se complicar quando Thayná pensou estar jogando com a camisa do Invictus e deu de presente para Jull, que agradeceu, mas a invictense 10 logo fez pouco caso e, na cara de Renata, parou na arqueira imperialista! Sem saída, o estreante técnico Pedrão (me belisca!) já planejava uma parada ao Imperial antes de a jornaleira Thais surgir na segunda trave para desviar escanteio da esquerda para fora (com perigo). Contudo, o cenário não mudou tanto após o retorno do break, uma vez que, por exemplo, Renata e Thayná resolveram bater um papo no meio do jogo com Rubia quase chegando para melar a conversa.
A pausa, inclusive, não fez bem aos torcedores, que passaram a ver um duelo mais frio que a temperatura ambiente. Os erros de passe praticamente dobraram (para não dizer triplicaram), mas pelo menos os sistemas de marcação estavam bem posicionados – e para quem gosta de estratégias, era um prato cheio. Renata teve que se antecipar a Guida após cruzamento para evitar o primeiro do Invictus. Thais deu o troco, aplicando finta enjoada e sofrendo falta na entrada da área. Na cobrança, Maat soltou uma bola de fogo que queimou as mãos de Karina (rebatendo para frente, com a zaga aliviando em seguida)!
O match estava equilibrado e qualquer equipe poderia modificar o placar. Poderia ter sido Marcela, ao apanhar rebatida da zaga invictense após lateral pela direita. Ou Jull, que cabeceou escanteio da direita batido por Messi. Em ambos os casos, foram muitos venenos, mas para fora dos respectivos alvos. O jeito, então, foi o técnico Benito Rodrigues pedir tempo para tentar ajustar o Invuctus. Parecia que tinha dado certa a tática, já que no retorno seu time trocou passes até Jull encontrar Rubia numa boa, mas novamente a invictense 11 estava com o pé sem esmalte nas unhas.
Guida incentivava sua equipe rumo ao gol inaugural, mas o Imperial mandou na reta final da etapa primeira. Maat teve grande oportunidade pela esquerda ao chutar com potência, mas para ver o nome Karina ecoar pelos corredores do Playball! Outra vez Maat: após escanteio pela esquerda, ela subiu no quinto andar para mandar a testada que passou por cima do arco. A imperialista 9 ainda atuou de zagueira no chute rasteiro da companheira Thayná que tinha endereço. Não, Maat, não é assim! Antes, porém, o melhor lance até então. Jull ganhou dividida e imprimiu velocidade pela esquerda, escapando até da puxada de camisa de Juliana, mas seu chute teve um destino safado: maledetta trave oposta!
A impressão à segunda etapa é de que não sairia gol. O público esperava um empate sem tentos tamanho equilíbrio (junto à falta de pontaria das meninas). Jull foi a primeira a iniciar os trabalhos mandando de longe, mas por cima do arco. A pivô Maat respondeu mandando a Marcela na direita, e a chapada da imperialista 8 só parou em Karina – mandando à linha de fundo! A mesma Marcela teria nova oportunidade pela direita, depois de boa assistência de Thais pela meia, mas o chute passou raspando a trave.
O embate seguia com alternância nos ataques. Os 3 pontos eram importantes aos dois lados, que estrearam com derrota. Thayná se ligou e roubou a bola na esquerda, avançando para o meio e mandando rasteiro no canto esquerdo, mas a sortuda Karina viu a redonda raspar a trave e ir pela linha de fundo! Outra camisa 6, porém do Invictus, teve falta para cobrar no bico esquerdo da área imperialista: Messi foi mais uma jogadora que pensou se tratar de Futebol Americano ao bater um field goal. A ladra Thais, em seguida, bateu a carteira da adversária pela direita e deixou com Juliana pela meia, e o canhão foi com muitos desvios, porém para fora com perigo!
O técnico Benito voltaria a pedir tempo em um momento singular. Isso porque, o Invictus ficou bem perto de sofrer o tento antes do novo break. O time ainda chegaria com Messi e Rubia fazendo boa trama pela esquerda até a invictense 6 cruzar para Babi se consagrar, mas adivinha se Renata permitiu, leitor(a)? Depois, a carga imperialista foi pesada. Jull foi precisa ao chegar na hora exata de Thais entrar na festa, após cruzamento da esquerda! Em seguida, uma jogada fraternal, onde Marjorie lançou para Thayná desviar de cabeça, mas Karina efetuou defesa segura.
A volta após a parada técnica, restando poucos minutos para o término do disputado embate, deixou os times à flor da pele. Quem errasse fatalmente perderia o duelo. Exatamente isso que aconteceu. Antes, depois de longa troca de passes, Marcela cruzou da direita, mas Thais foi ingrata e perdeu na cara de Karina! Enquanto isso, Jull seria protagonista nos dois lances seguintes – para o meu bem, meu zen, meu mal, como escreveu Caetano Veloso e cantou Gal Costa.
A invictense 10 poderia ser a redenção da equipe ao cobrar falta pelo meio com violência e mira certa, com Renata já chorando com o possível gol sofrido, mas Thayná não quis ver sua companheira triste e afastou a trajetória na hora certa! Jull, porém, teve um destino diferente: Juliana recebeu e buscou o lançamento para a área, a invictense 10 tentou aliviar mandando um bico, mas espanou para trás e venceu Karina! 1 x 0! Gol creditado à imperialista 7.
O infortúnio matou o Invictus, já que foi marcado com quase 20 minutos. Messi ainda tentou uma última cartada, ao receber pela direita e experimentar, só que para fora. O Invictus, que tentará a reabilitação ante o Pauline, ainda viu Thais aplicar linda finta em sua marcadora, imprimir velocidade e achar Maat dentro da área, aí foi só a matadora dar um leve toque na criança para decretar o 2 x 0 antes de a equipe pensar no clássico com o Futsamba! Pena o final ter acabado com Rubia machucada, em um acidente de trabalho. Melhoras, guria.
Ficha técnica
Imperial FF 2 x 0 Invictus FF – 2ª rodada do V Chuteira Girls
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