Um time que se denomina “invicto” precisa provar a cada jogo que isto é também uma condição, não apenas um batismo. Diante disso, o IRA recebeu o forte time do Allzuis, que se candidatou a quebrar o início positivo do adversário e pôr a prova tal invencibilidade.
De fato, a primeira chance foi do time celeste, que chegou bem ao ataque com a movimentação de Galleti, finalizando de fora da área e levando perigo ao gol de Soares. A resposta veio com Gugs, atacante do tipo matador, que mescla posicionamento e bom poder de finalização. O camisa 9 do IRA recebeu de costas para o gol, girou, mas errou o alvo.
Nitidamente mais entrosado, o IRA começou a girar bem a bola, procurando uma brecha na bem postada defesa azul. Aos seis minutos, Miltinho foi lançado pela direita e não vacilou, precisou de apenas dois toques na bola, ajeitando e batendo, para abrir o placar em um bonito chute cruzado, sem chances para o goleiro Alegria.
Três minutos mais tarde, outra movimentação perfeita do IRA que resultou em gol. Gugs observou bem a subida desmedida do zagueiro que o marcava e parou na linha que divide a quadra. Em rápido contra-ataque, o atacante foi lançado e bateu de primeira, na saída do goleiro, em um arremate de categoria e precisão.
O Allzuis ainda estava atordoado com os dois gols quase seguidos e passou a “rifar” a posse de bola. Arriscando chutes de média e longa distância, o time celeste perdia muitas oportunidades de trabalhar melhor a bola e chegar mais perto do gol de Soares. Galleti e China arriscaram de fora da área, mas a bola não levou perigo à meta invicta.
O primeiro tempo acabou com muita pressão do IRA pelo terceiro gol, mas Alegria evitou como pôde que o Allzuis fosse para o intervalo com uma diferença tão grande no marcador. O apito cessou o bombardeio e deu uma trégua passageira para o time celeste se reorganizar.
Logo no início da segunda etapa, Galleti perdeu importante chance cara-a-cara com Soares. O camisa 10 foi lançado pela defesa e ficou livre com o goleiro, mas não decidiu pelo drible, arriscando um chute um pouco atrás da intermediária e facilitando o trabalho do arqueiro adversário.
Miltinho se destacava em dois âmbitos: era quem mais perigo levava à meta azul e também quem mais reclamava pelo IRA. “Perseguido” em campo, o camisa 13 sofreu com as faltas duras e a diferença nítida de porte físico dele para os zagueiros rivais. Outro ponto de desequilíbrio no ótimo time do IRA é o camisa 7, Felipe, que também atende por Fejão (sem o ‘i’, mesmo), voluntarioso e técnico armador do time alvinegro. Foi dele outra boa chance de dilatar o placar, mas após receber dentro da área, o meia demorou um segundo a mais para finalizar e acabou perdendo a posse da bola.
Do outro lado, era Galleti que centralizava o jogo celeste. Aos 16, o cerebral armador do Allzuis fez um bonito gol: recebeu a bola fora da área e, de costas, deu um coice na bola, vencendo o bom goleiro Soares, que não esperava uma solução tão criativa para o arremate.
Mas o tento não ajudou o Allzuis, que era dominado na disputa pelo meio-campo. Poucos minutos depois de reagir, o time celeste levou outro castigo pela falha na marcação. Em escanteio vindo da direita, Fejão enganou a zaga com um drible de corpo e subiu no segundo andar para testar pro fundo do gol, mesmo não sendo um dos mais altos de sua equipe.
Com a vitória, o IRA chega aos 6 pontos e segue 100% no Grupo B, liderando a chave. Do outro lado, o Allzuis continua com um ponto ganho e agora ocupa a quinta posição na tabela.
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