Ao IBGE ainda valia uma remota possibilidade de avançar às semifinais. Para isso, teria de vencer o Invictus por, pelo menos, uma diferença de 10 gols para sonhar com a classificação. O time foi superior durante os 40 minutos de bola rolando, mas não soube transformar as chances em tento e acabou perdendo com gol de Heleninha já na reta final do movimentado embate. As invictenses, dessa forma, se despediram do certame com 3 pontos, prometendo voltar na próxima edição mais entrosadas e organizadas.
Para quem esperava um w.o. duplo, o que se viu foi o contrário: equipes com vontade de se despedirem da competição de cabeça erguida. Apesar de ainda ter chance matemática, as ibgeenses demoraram a entrar em quadra por conta de atraso, e todos contavam com a bola não rolando. Porém, Joy garantiu que sua equipe honraria o compromisso, e lá foram as meninas à luta – com Tami recebendo na entrada da área, após troca de passes, mas chutando para fora. O Invictus, mesmo desclassificado, queria jogar e arrancou lateral onde Guida explodiu na zaga, com a volta dela mesma para arremate e defesa de Marian; o rebote de Messi foi parar na lateral! Que é isso, Messi?
Improvisada na meta invictense, Dri teria trabalho ao longo do match, como em afastada de Tami que acabou virando chute lá de trás, com a arqueira defendendo com os pés no susto - para depois sair jogando. Aos poucos o IBGE foi mostrando que a lanterna do Grupo B era mero acaso, apertando a saída de bola de Cá Dutra que Pupila agradeceu na entrada da área, mas arriscou pela linha de fundo. Antes de ir cobrir a Copa do Mundo na terra de Vladimir Putin, Messi respondeu ao receber e ganhar escanteio. Na cobrança, a zaga aliviou parcialmente, e o rebote da própria Messi pelo lado direito foi espalmado a novo corner por Marian!
Nem parecia o jogo de duas lanternas, tamanha disposição das meninas. Ao Invictus valia uma despedida honrosa; ao IBGE, apagar a má impressão do w.o. da rodada 3 e uma inesperada vaga à fase final. Em lateral pela esquerda, Joy desviou de cabeça e Pupila completou tirando tinta da trave! C. Moretti, Cami e Messi tentaram a resposta, mas a triangulação não foi muito bem executada. Mesmo mantendo o jogo equilibrado, as invictenses pediram tempo técnico. Sabiam que as ibgeenses ganhavam terreno – como em bomba à queima-roupa de Pupila que Dri defendeu logo após o retorno do break.
Todavia, antes da troca de lados da quadra, foi o Invictus a estar bem perto da glória. Depois de trama rápida, Cami deu boa assistência pelo meio da zaga do IBGE a Guida, que mandou no canto, porém para fora. No último lance efetivo da etapa inicial, após troca de passes envolvente, Manu resolveu experimentar de primeira: Marian, você foi sensacional ao salvar as ibgeenses!
Uma palavra resume os 2 minutos que iniciaram o segundo e, aquele que seria o último aos dois times, tempo: marasmo. Nada de interessante tecnicamente saíram das pernas das jogadoras, transformando os primórdios menos interessantes que um amistoso entre casados e solteiros em churrasco de fim de semana da firma.
Foi necessário um bate-rebate - para Rô ficar com a sobra na intermediária e obrigar Dri a defender com os pés à lateral – para o jogo voltar a ter emoção. Aliás, a ibgeense 10 teria não uma, nem duas, tampouco três, mas, sim, quatro oportunidades seguidas para abrir o placar! Além do chute que Dri mandou a lateral, Rô teria nova chance da intermediária, mas mandou para fora. Depois, outra vez pelo meio, com canudo que Dri encaixou com segurança. Fechando a quadra, Joy achou Rô na direita e ela queria de vez transpassar a meta invictense, mas lá estava Dri para mandar a corner o chute cruzado! Rô, depois de quatro oportunidades, pode escolher um filme, um poema, um livro...
O Invictus estava tão mal que nem lateral acertava, como o de Manu que Isa cortou com segurança para afastar perigo. As melhores em quadra voltariam a protagonizar lance em seguida: após Manu quase marcar de cabeça contra o próprio patrimônio, Isa mandou por cima da meta o rebote. Isa, aliás, seria fundamental ao livrar o IBGE do pior em contragolpe de C. Moretti e Manu desperdiçado. Depois, Guida teve ótima chance, mas perdeu a chance; no rebote, Manu mandou rasteiro para Marian efetuar nova defesa.
Mesmo criando mais oportunidades, o IBGE penava no momento do arremate – com Aldine mandando o recado às companheiras: “Abriu, chuta!”. Então, Rô resolveu atender o pedido e chinelou da intermediária, com Dri rebatendo o veneno. As ibgeenses teriam nova oportunidade em lateral pela direita que Tami desviou, mas a zaga invictense estava atenta e afastou o perigo. Depois disso, o Invictus pediu uma pausa – que seria fundamental para seu primeiro triunfo.
No retorno, quase o último colocado do Grupo B marcou: Anna recebeu pelo lado esquerdo da área e deu um leve toque para acertar o grande poste horizontal! Com um segundo tempo superior, ninguém esperava uma derrota do IBGE. Porém, o futebol é legal também por supostas injustiças, e Guida fez o ensaio buscando o ângulo, mas tirando tinta do travessão! Em seguida, após lateral pela direita, a zaga não afastou e Heleninha empurrou às redes. 1 x 0! Ainda deu tempo para Rô pegar sobra de primeira e ver Dri ser intransponível, fazendo o Invictus terminar a competição com glamour.
Ficha técnica
Invictus FF 1 x 0 IBGE – 4ª rodada do V Chuteira Girls
Gol: Heleninha (IFF)
MVPs: 1 – Isa (IBGE); 2 – Manu (Invictus FF); 3 – Rô (IBGE)
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