O Soberanos cravou sua primeira vitória no Classic 3 atuando de forma honesta. Antes de a soberanada abrir a contagem com Digão, perto do intervalo, para depois não mais perder, boa parte do público pensou até em empate sem gols pelo que foi produzido antes: um espetáculo tático e físico, algo em comum na maioria dos jogos da segunda rodada. Na etapa final, Gatti e Joninhas abriram maior vantagem, proporcionando um placar final de 3 x 2 a confirmar a pecha que já estão atribuindo: se houver poucas soberanices, será um time que provavelmente se tornará cascudo mais adiante. Já o Sagrado, dessa vez, não conseguiu implementar seu ferrolho de sucesso (segurou o Arouca na estreia) e sentiu que o buraco do etarismo é profundo (a conotação sexual é de sua parte, pessoa leitora!).
Belas camisas, sagradistas! Falo daqui a pouco a respeito, pois o manto sagrado do Soberanos (trocadilho novo inclusive!) não deve em nada no quesito preciosidade também! Vestidos com seus tradicionais ternos vinho, Justen, Vida, Joninhas+30, Digão (logo ganhando no pé de ferro e mostrando estar sangue nos olhos), o Rei e (o vândalo atacador de imprensa na grade) Gattinho, vinham de empate na estreia. De branco, com faixa vertical pela metade nas cores azul e vermelho, o tricolor começou com Cassio, Salgado, Loca, Filé, Paulinho e Pedrão - e todos em quadra fizeram cinco minutos iniciais extremamente físicos e táticos (não necessariamente tediosos). Sob os olhares do professor Carlinhos Saverio, lembravam o que foi boa parte do confronto da última quarta-feira, vitória magra do Se7e de Perdizes sobre o Real Madruga.
Falta pro Rei: acertou nas antenas acima do telhado a cobrir o bar! Minuto seguinte e Joninhas estava envolvido, daí o melão ficou para Digão chutar, mas fraco, nas mãos de Aluno! Outros sessenta segundos, e de Gattinho ao Rei na entrada da área. Essa deu mais trabalho ao arqueiro sagradista! Resposta pra sair do sufoco quando Cassio recebeu pela direita e sabugou, mas Yuri espalmou! O sagrado 11 ainda teria outra chance do mesmo lugar, e, dessa vez, mirou a meta, mas carimbou algum ticket no estacionamento! Veio escanteio da esquerda e Dé desviou de cabeça, mas a tiro de meta. Porém, o Sagrado equilibrou, e os times fizeram os cinco minutos seguintes bem mais divertidos, mesmo que o Rei tenha cobrado falta no hotel localizado atrás do complexo de quadras do Chuteira de Ouro!
Luizinho, Kinhas, Tureba, Filé, Dé e Loca se postavam retraídos, mas Justen, o Rei, Joninhas+30, Jorge Melki, Digão e Cavenco não se mostravam intimidados na troca de passes quando teve maior controle do melão, este, não se entendendo com Thiago Salgado antes de o professor Carlinhos Saverio perder a paciência com a soberanada e colocá-la no canto da parede de castigo! Este parágrafo, num oferecimento da Pr1ma Sports, refletiu a passagem dos 10 até 17 minutos.
Foi quando o Rei, abdicando de usar seu repertório para tocar os corações de donas de casa, proprietários de bares e de padarias, de pessoas em cruzeiro pelo Atlântico, e até de Douglas Almasi (calma na leitura aí, que esse é Roberto Carlos, e não Pelé!), resolveu se emocionar, e Tureba teve a chance, porém parando em excelente intervenção de Yuri a corner! Após a cobrança pela esquerda, o melão foi ao sagrado 13 pelo mesmo flanco, que chutou fraco, mas venenoso para o arqueiro soberano! Minuto seguinte e Kinhas apareceu em velocidade pela direita, mandando uma sonora pancada na trave!
Acuada, a soberanada só colocaria o lugar nas coisas certas no chute troncho de Digão! Não poderia ser pura alquimia o insight simplesmente, pois Cavenco já havia sambado na frente da zaga e mandado para fora (no ensaio), e, logo depois da reposição, a pressão sobre a zaga sagrada funcionou, e Digão, o irmão com menos grife, mas igualmente no coração do repórter, mandou aquela sapatada, com gosto, no ângulo esquerdo! Aluno nem perdeu tempo na tentativa de jogar as luvas! 1 x 0! Justamente quando o Sagrado se mostrava mais preparado!
Tempo do professor Gustavinho. O match voltaria com 24 minutos, com Thiago Salgado, Cassio, Dé, Filé, Tureba e Donça tomando o melão, mas Joninhas+30 foi esperto na retomada e logo os últimos estágios antes do Intervalo Ininteligível do Chuteira seriam novamente equilibrados. Odimar, Diego, o Rei, Joninhas+30, Vida e Jorge Melki aparentavam calmaria na troca de passes que tanto desejava o professor Carlinhos Saverio, mas, com a soberanada, sempre cabe uma última soberanice, na falta que Filé cobrou da intermediária. Yuri rebateu pra frente, Thiago Salgado tentou o rebote, mas foi trancado! Mudem os lados, meninos!
Dé e Filé atrás, Paulinho, Cassio e Thiago Salgado flutuando, e Salgado afundado. Essa foi a esquadra enviada pelo professor Gustavinho para a busca do empate logo de cara. Porém, Odimar, o Rei e Diego formaram a trinca defensiva, enquanto Joninhas+30, Jorge Melki e Vida se preparavam para alguma estocada. E, como nada andava aos sagradistas, não deu nem cinco minutos de um jogo novamente cerebral, e o professor Gustavinho já providenciava mudanças, como a entrada de Pedrão, este, tentando cruzar pela esquerda, mas Yuri estava atento. Odimar respondeu pra fora, da intermediária. Kinhas incomodou no contra-argumento e quase igualou!
O empate bombava, mesmo pagando menos nas odds do ChuteiraBet. Pedrão cobrou falta da direita, e deu sustinho. Porém, a soberanada apertou a marcação e, no minuto seguinte, o melão chegou pra Gattinho pela esquerda. O artilheiro viu Aluno sair da meta e tocou por baixo, com o melão entrando lentamente! 2 x 0! O Soberanos sufocava! Primeiro foi com a pancada de Cavenco, pela direita, que Aluno defendeu no susto! Em seguida, a nova retomada deixou Joninhas+30 de frente pro rock and roll. Ele ainda deu uma gingadinha antes de acertar lindo chute no canto esquerdo! 3 x 0! Professor Gustavinho jogou a toalha!
Depois da volta, a soberanada se retraiu. Loca tentou, mas pra fora. O Sagrado imprimiu algo importante para jogar o Classic 3, muito Tesão, e incomodou a defensiva soberana para finalmente, dessa vez, Luizinho não ser misericordioso! 1 x 3! Ainda tinha bons minutos para Cavenco, Gattinho, o Rei, Justen, Digão e Vida não se desesperarem. Logo tomaram o controle do melão, enquanto Dé, Kinhas, Cassio, Loca, Thiago Salgado e Dé trataram de trancar a meia-cancha. Novamente a partida caíra de intensidade nos ataques. Eram 18 minutos e nenhuma notícia de defesas ou melão na Lua. Quem sabe Filé nos agracie, na falta frontal: na barreira. Professor Carlinhos Saverio pediu refresco.
Suspense da soberanada na catimba pra retornar, mas Loca nem o arremesso lateral conseguiu realizar! Já Perró, sim, ao receber passe da direita e bater de primeira. Yuri defendeu com uma mão e a zaga isolou o problema à lateral! Na batida, Cassio e Paulinho envolvidos, mas Yuri melhor. Porém, não demorou muito e veio Vini passando para Filé dar mais audiência ao Sagrado! 2 x 3!
Chegávamos aos acréscimos. Falta para Justen e Pelé, na intermediária direita. O Rei mandou mais um field goal, dessa vez no antigo, mas eterno, #saudadesestádioPalestraItália! O Sagrado lutou até o apito final. De Filé para Vini, que girou o corpo e tentou. Tiro de meta! O Soberanos confirmava seu primeiro triunfo no Classic 3, mostrando mais robustez nesta temporada com a adição de reforços no elenco e no comando técnico. Tornar-se-á bom postulante ao título (se Buru permanecer ausente, só ouvindo Road to Ruin no último estágio possível de volume?) durante a longa e eterna passagem de fase classificatória. Tempo suficiente para o Sagrado quebrar o celibato e cravar sua vitória inaugural na história da competição entre os jovens-velhinhos da Liga Chuteira de Ouro F7!
Ficha técnica
Soberanos 3 x 2 Sagrado FB – 2ª rodada do III Chuteira Classic
Gols: Digão, Gatti e Joninhas (S); Luizinho e Filé (SFB)
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