Classic 3 vai para sua terceira jornada sem bicho-papão definido, porém, com fortes candidatos a entrar de férias sem pleitear sequer o Play In – Repescagem (tamanha a continência)
O Cachorro Velho lidera isoladamente a tábua de classificação do Chuteira Classic 3 de maneira a assustar apenas quem não acompanhou a edição passada. Com reforços pontuais – como o eterno Boroçava, Jonas, líder na artilharia e MVP –, a equipe de Vini Genova é a única 100%, estando à frente do temido Arouca por exemplo. Somar seis pontos em dois jogos (um deles foi em cima do duplamente semifinalista Real Paulista Classic), coloca pressão sobre times que, aparentemente, entraram sossegados quanto à longevidade da primeira fase. Tem muita rodada para acontecer, sim, mas o número de eliminados sumariamente dobrou em relação a 2024, e fatalmente teremos algum bom elenco entrando de férias bem antes do tempo este ano.
Foram apenas três igualdades em duas rodadas. Essa estatística pode iludir, porém, se considerada que, das doze partidas, somente o CV ganhou duas. Nos jogos inaugurais, por exemplo, o reforçado Soberanos suou para empatar com o Se7e de Perdizes, estreante no etarismo, mas que volta à Liga Chuteira de Ouro F7 trazendo Rubão, Nei e Gio no elenco – além da manutenção de Diego Gallego na meta. Na outra partida, o atual vice-campeão Arouca emperrou no ferrolho montando pelo professor Gustavinho, e o Sagrado ingressou no Classic 3 provando seu valor de ter levantado Copa Calcio.
Logo, é possível afirmar que a tabela de classificação se modificará após cada rodada. Porque tem muito caminho a ser percorrido, mas ele passa rápido. Quem tem de abrir os olhos se encontra, hoje, na zona das férias antecipadas: La Coruja, e o vice-campeão da primeira edição, Ras Time. Por enquanto, mostraram futebol pobre em relação às suas origens e expectativas. A corujada iniciou com a mesma falta de organização, ausência de planejamento, e que reverberam dentro de quadra, apresentando um estilo indefinido, ora guerreiro, ora desastroso. Gutti, MVP da fase classificatória no Classic 2, nem ponto somou na corrida liderada por Jonas. Os destaques são Guila e Valtinho, este último, mais sofredor como arqueiro. O LC ainda não somou ponto, e pode vir a ser o “saco de três pontos que os adversários colocam em suas contas” se não mostrar poder de reação, amanhã, ante o Interativo.
Quanto ao Ras Time, duas apresentações sonolentas do time dirigido pelo professor Pardeko. O elenco entrou sempre de calça jeans apertada, e quando buscou reagir, não teve pernas para sequer incomodar. Perdeu àqueles considerados de mesmo nível, Interativo e All Games, e não poderá mais contar com esses confrontos diretos como trunfo. As saídas de Zaron e Zé Mannis para o Real Madruga – outro novo integrante do Chuteira Classic – deixaram a meia-cancha do RT menos criativa, e, por enquanto, o time de Sujeira e Macaulin voltou a ser dependente dos lampejos de Rernanes. Nomes como Tuço e Peter também perderam brilho nas duas rodadas realizadas. Bandeira vermelha levantada.
Encontrando o bode expiatório – A palavra ‘equilíbrio’ deverá ser citada muitas vezes daqui pra frente. As más campanhas de Ras Time e La Coruja são também fruto de planteis bem-preparados para a “festinha da classificação” (porque crianças não precisam ser educadas por “guerra da classificação”), patrocinados pelos estreantes (Se7e de Perdizes, Sagrado, Interativo e Real Madruga), pelos remanescentes citados no texto (Cachorro Velho, Arouca, Real Paulista Classic, Soberanos e All Games), e por uma equipe ávida por evolução: o JP.
Não foi bem digerida a ordinária performance em seu primeiro mata-mata, quando simplesmente foi esmagado pelo Bode (https://www.chuteiradeouro.com.br/noticias/manual-como-transformar-um-jogo-decisivo-em-treino-disponivel-tambem-em-versao-para-download) nas quartas de final do Classic 2, após ter feito ótima fase de classificação, terminado entre os seis melhores. Os jpsenses formaram essa boa equipe depois do espólio do Séloco, mas que se mostrou frágil em partida eliminatória mesmo com Tieppo, Furta, Ti, Galhardi, Jadson e Ramalho em boas apresentações nas partidas anteriores. Para esta temporada, porém, com a adição, por exemplo, do eterno Primatas, Feco, o time pode ganhar a casca necessária para não ser somente o “time de fase de grupos” e sonhar com objetivos maiores.
Para entrar em forma – Não há um principal – como se mostrou o Divino no ano passado – candidato à taça do Classic 3, mas o Arouca é forte concorrente pelo terceiro ano seguido. O primeiro campeão da história entre os clássicos chuteirenses, e vice na temporada passada, sofreu na estreia, mas logo no segundo compromisso colocou Zé Henrique e os interativistas no bolso para mostrar que seu conjunto, muitas vezes ritmado por Lodetti e Nelsinho, que tem as experiências de M1, Marinho e Kino na meta, e o gingado de Luan DJ em quadra, entre outros arouquenses, é o mais entrosado entre os postulantes ao título. Além das qualidades técnicas individuais, e de atuarem juntos por anos, são comprometidos: a torcida arouquista nunca, em três temporadas, passou sufoco com falta de elenco. Isso mostra o quão difícil é derrubar um time preparado (daí a importância do empate, pro Sagrado, na estreia).
Os outros times ainda vão buscar fortalecimento, que se faz necessário. O Real Paulista manteve os predicados das edições passadas (duas semifinais) no que se refere a jogadores, mas de novo deverá levar em banho-maria a fase de classificação. Se isso acontecer, é capaz de, mais uma vez, ficar a um estágio da grande decisão. Porque times como o Soberanos, que tem a volta de Justen, Gatti inspirado, e os paneleiros Joninhas e Cavenco como reforços, vão lutar para estar entre os quatro melhores do torneio também. Isso é dito igualmente do All Games, apostando em Haianon, Paulinho Japonês e Honda, e com Pipo, Índio, Matraca, entre alguns outros históricos allgameístas voltando às velhas formas. O único adversário do AG, para brigar pelo título, é o próprio AG (querendo esquecer a temporada passada).
O que será dessa jornada depois dessa matéria – A terceira rodada será completada no dia 28 com Real Paulista e All Games - em busca de afirmações em meio a momentos promissores -, e o mesmo pode ser dito sobre Se7e de Perdizes e Sagrado. Na abertura, hoje, o Real Madruga (praticamente com o mesmo elenco a disputar a Ouro 35) se reencontrará com o Arouca depois de sete anos (https://www.chuteiradeouro.com.br/noticias/inicio-perfeito), enquanto Soberanos e JP medem seus atuais poderes. Amanhã, o LC tentará seus primeiros pontos contra o Interativo – doido pela reabilitação -, enquanto o Cachorro Velho defenderá a liderança, podendo ampliar a crise do Ras Time. É tanto time com qualidade, que é inevitável não usar o termo ‘equilíbrio’ (ou seus sinônimos).
Palpites do Dodô para a 3ª rodada do III Chuteira Classic:
Arouca x Real Madruga: Arouca JP x Soberanos: Soberanos La Coruja x Interativo: Empate Ras Time x Cachorro Velho: Empate Real Paulista Classic x All Games: Empate Se7e de Perdizes x Sagrado: Se7e de Perdizes
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