Para Bronx e HidroNG, o ano de 2015 ficará marcado pela superação. Em março, quando iniciaram a disputa do Chuteira de Aço, muitos desacreditavam de ambas equipes na competição. Os alvinegros, recém-promovidos do Chuteira 5, buscavam primeiramente a afirmação. O Hidro iniciava sua participação cercado de desconfiança após rebaixamento com WO. No final, os dois tiveram motivos para sorrir. O Bronx garantiu o acesso à Série Bronze e chegou até as semifinais, sendo eliminado justamente pelos aquáticos, que acabariam campeões. As equipes encerram a temporada com razões ainda maiores para comemoração, e com a chance de coroar os bons trabalhos.
Mas, para chegarem a este momento, passaram por dificuldades. Vale relembrar um pouco do histórico recente destes dois times, começando pelo HidroNG.
2014: rebaixamento e W.O.
O HidroNG teve participação pífia na 9ª edição da Série Bronze. Os aquáticos terminaram a fase de classificação na lanterna da chave e, obviamente, rebaixados à Série Aço. A campanha ainda ficou manchada pela goleada sofrida logo na estreia, pelo placar de 19 x 0 para o Abusados – em partida na qual esteve muito desfalcado e jogou com dois a menos – e também por duas derrotas por W.O., para o Cacildis, na 2ª rodada, e para o Leões do Brás, na última rodada.
O ano seguinte parecia ser nebuloso para o Hidro, mas o time juntou os cacos, se reergueu e deu início à sua trajetória vitoriosa.
1º semestre 2015: redenção e título da Série Aço
O HidroNG fez da temporada que parecia muito preocupante uma sucessão de glórias. A estreia não poderia ser melhor. Após sair perdendo por 2 x 0, os aquáticos reagiram e não só acabaram virando o jogo, mas também aplicando goleada de 7 x 2 sobre o Tucho.
O time terminaria a primeira fase na 2ª posição de seu grupo, com vaga direta para as quartas de final, quando despachou o La Coruja. Nas semifinais, o triunfo sobre o Bronx valeu a promoção e a vaga na decisão, quando derrotou o Shakthar dos Leks e conquistou a taça.
2º semestre 2015: acesso à Série Prata e classificação para a final
De fato o ano de 2015 foi o da virada para o HidroNG. De volta à Série Bronze, o time do técnico Bocão fez bonito e garantiu o acesso à Série Prata de forma antecipada, ao terminar a primeira fase na liderança de seu grupo. Para chegar à final, novamente eliminou o La Coruja, nas quartas de final, e goleou o Morada Choque, por 9 x 3, nas semifinais.
Diferentemente do Hidro, o Bronx não sofreu nenhum grande trauma até conseguir a tão sonhada classificação para a final do Chuteira de Bronze. Isto não significa que a equipe não tenha suado muito e enfrentado suas batalhas. Colecionou três acessos consecutivos. Vamos à caminhada alvinegra.
2014: acesso pelo Chuteira 5
Participando pela segunda vez do Chuteira 5, o Bronx fez boa campanha na fase de grupos, terminando na vice-liderança de sua chave. Caiu nas quartas de final, quando foi goleado por 5 x 1 pelo Zanoios, que viria a ser o campeão. Ainda assim, os alvinegros garantiram a promoção.
1º semestre 2015: novo acesso e queda nas semifinais
O objetivo inicial do Bronx em sua participação no V Chuteira de Aço parecia ser apenas se firmar nesta divisão. Mas os alvinegros foram muito além. Não somente garantiram mais um acesso, agora de maneira antecipada, com a vitória por 5 x 1 sobre o Roleta Russa, na 8ª rodada, como também chegaram até as semifinais, quando foram derrotados pelo HidroNG, que mais tarde ficaria com o título.
2º semestre 2015: vaga na Série Prata e disputa pela taça
Logo na rodada de abertura do XI Chuteira de Bronze, o Bronx aplicou 5 x 1 para cima do IRA. O time dava indícios de que mais uma vez tinha condições para sonhar alto. E de fato teve. Na primeira fase, campanha praticamente impecável, com sete vitórias, um empate, uma derrota e acesso à Série Prata garantido na 8ª rodada, com a goleada por 7 x 1 diante do Bonde dos Abelhas. Nas quartas de final passou pelo Imperial e, nas semifinais, pelo Absolutos. Está na hora da primeira final.
Ressurgimento e ascensão. Duas palavras que definem bem as caminhadas de HidroNG e Bronx, respectivamente, até a chegada à decisão do XI Chuteira de Bronze.
Dois times que se assemelham muito, não apenas no estilo de jogo ofensivo e equilibrado defensivamente, mas também nos números das campanhas. Os aquáticos são os únicos ainda invictos na competição, e só não venceram uma das onze partidas que disputaram. O jogo em questão aconteceu na 2ª rodada, quando empataram por 5 x 5 com o Búfalos.
Com elenco forte e recheado de opções capazes de decidir o duelo, o Hidro aposta na velocidade e talento de jogadores como Gustavo, Dieguinho, Gabi e Cauê, que vivem boa fase. O último, inclusive, é o artilheiro da equipe, com 10 tentos anotados, e dos fortes nomes a MVP das finais. Biriba e o habilidoso Smith também são peças importantes. Na defesa, Luiz Guilherme, Waltinho e o goleiro Jorge passam confiança ao time.
Por outro lado, o Bronx só não chega invicto até a decisão, pois foi derrotado na última rodada da primeira fase, 3 x 2 para o Condor’s, quando já tinha o acesso garantido. No restante, nove vitórias e um empate. Assim como o rival, tem sistema de jogo bastante equilibrado, sendo forte tanto ofensiva quanto defensivamente. Ainda em comparação ao Hidro, leva desvantagem no número de gols pró. Tendo disputado o mesmo número de partidas, balançou as redes em 49 oportunidades contra 63 dos aquáticos. Entretanto, foi vazado apenas 21 vezes – sendo dono da melhor defesa da competição – contra 26 do adversário.
Deko, vice-artilheiro do certame, com 21 tentos, é a principal esperança de gols. O camisa 9 alvinegro marcou em todos os jogos do time na atual disputa e está a apenas dois de se igualar a Lele. Jogadores como Telles, Rudão, Cesão e Theo são fundamentais no setor de criação de jogadas, sem contar os zagueiros Marcelo VB e Diogo. Na meta, Carlão passa segurança.
Nada mais merecido do que uma final para HidroNG e Bronx, duas equipes que, com ataques e defesas fortes, brilharam em 2015. O que esperar: muitos gols ou defensores levando a melhor sobre atacantes? A resposta será conhecida no próximo sábado.
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