O encontro esperado. Como a tabela mandou, os líderes de suas chaves só se cruzariam na grande decisão e, rodada após rodada, crescia a expectativa de ver os dois ataques mais eficientes do III Chuteira 5 medindo forças. De um lado, a força ofensiva de Juninho, Kaká e Rafinha; do outro, o entrosamento e o poder de fogo da dupla Raphinha e Matheus. Agora já existe data marcada, mas é possível apontar um favorito?
Campanhas
O Só Risada chega à decisão com uma campanha invicta. Foram seis jogos na fase inicial e seis vitórias, não tomando conhecimento de seus adversários desde o primeiro desafio. A maratona começou diante do Paraguay, em uma vitória maiúscula por 7 x 4. O jogo foi impactante por dois motivos: o time aurinegro fez uma trajetória pífia na edição anterior do Chuteira 5 e não trazia grandes expectativas para este semestre, além de que os paraguaios também têm um time equilibrado.
Na segunda rodada foi a vez do Porto provar do ataque eficaz dos aurinegros: 8 x 2. A sequência teve um jogo equilibrado com o Alma Negra (3 x 2), uma boa vitória sobre o Nunca Serão (8 x 5), goleada sobre o Fagundazo (8 x 3) e a vitória sobre o Se7e de Perdizes (6 x 5). Na fase de quartas de final, o Fátima Team surpreendeu o então único time com 100% de aproveitamento na competição. Um empate sofrido fez o Só Risada perceber que também poderia sangrar, e a vitória nas penalidades ajudou o time a ganhar mais maturidade para a sequência da competição. A semifinal contra o Impérius foi emocionante, e Juninho foi fundamental para ajudar o time a concretizar o sonho de chegar à grande decisão do Chuteira 5.
Já do lado do Raça as goleadas nortearam o início promissor do “bicho papão”. O “cartão de visitas” do time foi um sonoro 10 x 1 sobre o Fátima na estreia, seguido por placares elásticos: 5 x 1 sobre o A.A., 12 x 2, diante do Darcy e 11 x 3 contra o Submundo. Somente na quinta rodada que as coisas começaram a ficar mais complicadas para o time alvirrubro. O primeiro duelo equilibrado para o Raça foi diante do Impérius, um jogo duro e muito brigado, que acabou com três expulsões para o lado alvirrubro e quase custou o primeiro lugar do Grupo B. Na última rodada, diante do Allzuis, o Raça chegou remendado, mas conseguiu se sobressair pelo talento de Raphinha, que, assim como o adversário Juninho, também carrega o número 7 nas costas. Nas quartas de final, o Raça teve o único jogo “mais tranquilo” e passou com sobras pelo Alma Negra. Uma goleada por 5 x 1 nos piratas e o reencontro marcado com o Allzuis, que vinha com sangue nos olhos e expectativa de uma vingança da sentida derrota na primeira fase. Mas o time celeste não foi páreo para a força do entrosamento branco e vermelho, que garantiu o passaporte carimbado para a tão esperada final entre Raça e Só Risada.
Pontos fortes
O forte dos dois times é o ataque, tanto que são os melhores com iguais 53 gols anotados em 9 partidas. O empate prevalece mesmo entre os artilheiros, já que Juninho (Só Risada) e Raphinha (Raça) somam 19 gols cada um.
Assim, é inegável que o Só Risada tem em seu ataque seu maior poder, mas a zaga também não fica atrás. Maums, Careca, Jorge e Boy são ótimas opções para o técnico Leonardo Cidrão compor o sistema defensivo. Mas o ponto forte deste time é a qualidade de seu ataque. Juninho, Kaká, Rafinha e Cidrão são os responsáveis pela grande maioria dos tentos anotados, e os quatro nomes vão brigar por três ou duas vagas no setor ofensivo da equipe.
Do outro lado, o jogo coletivo do Raça é o ponto forte. Com entrosamento do futebol de salão, o alvirrubro mostra muita calma para girar a bola e procurar as melhores oportunidades para finalizar. Raphinha e Matheus se destacam na frente, mas em praticamente todas as jogadas criadas, há pelo menos três ou quatro jogadores da equipe diretamente envolvidos até que a bola beije a rede.
Pontos fracos
É difícil apontar um ponto fraco para equipes tão equilibradas, mas no caso do Só Risada o aspecto comportamental pode atrapalhar um pouco. O time já sofreu com o estouro das cinco faltas coletivas algumas vezes durante o campeonato e isso expõe o goleiro Gui, que nem sempre consegue evitar o gol no shoot out.
Já pelos lados do Raça, a eventual falta de elenco pode ser preponderante para a derrota. Já que o time sofre constantemente com o banco de reservas vazio ou quase vazio. Em um jogo em quadra grande como será na 14, o físico dos atletas será exigido à exaustão e manter o mesmo nível é fundamental.
Raio-X
Confira abaixo, posição por posição, dos prováveis titulares, quem leva a melhor no duelo:
Goleiro:
Gui x Cassiano – Cassiano vence
O arqueiro do Raça é mais completo e seu diferencial é saber repor a bola com maestria, dando diversas assistências para seus homens de frente.
Zagueiro pela direita
Maums x Jiban – Empate
Dois bons zagueiros que sabem jogar sério e sair para o jogo. Equilíbrio total.
Zagueiro pela esquerda
Careca x Crasso – Crasso vence
Os dois jogam com imposição física, mas o alvirrubro tem mais mobilidade para armar o jogo se for preciso e bate forte na bola.
Volante
Jorge x Felipe Santos – Jorge vence
Mais técnico, o defensor do Só Risada aparece melhor no ataque e leva essa.
Armador
Cidrão x Matheus - Matheus vence
Com mais jogos disputados e melhor média de boas atuações, o armador do Raça leva vantagem. Cidrão vem voltando de contusão e ainda está aquém de seu melhor condicionamento físico.
Atacante
Juninho x Raphinha – empate
Os dois melhores jogadores do torneio, brigando gol a gol pela artilharia. Empate certo.
Atacante
Rafinha x Fábio Love – Rafinha vence
Mais oportunista que o adversário, o carequinha do Só Risada equilibra o resultado final.
Abre aspas:
Perguntado sobre a final, Juninho disse o seguinte: “São as duas melhores equipes dos grupos, acho que era mesmo a final que todos queriam assistir. Quem ganha com isso é quem vem assistir e espero muita gente no sábado. Vai ser bem mais difícil”. Sobre o Raça, o camisa 7 do Só Risada disse: “O forte deles é o passe, o controle da bola. Eles chegam muito fácil na cara do gol. A gente vai ter que ter o dobro de atenção se quiser ser campeão”.
Do outro lado, Raphinha afirmou desconhecer o estilo de jogo do time aurinegro, já que os horários dos jogos na primeira fase nunca coincidiam: “Não vi eles jogarem ainda, mas sei que deve ser um time muito bom, não chegou até aqui à toa. Acho que vai ser um jogo legal e quem vier, vamos estar preparados”.
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