Oito times iniciaram em setembro a corrida por um lugar ao sol. Muitas histórias foram contadas ao redor dos 32 jogos. Foram 234 gols e uma média de 7,31 gols por jogo. Placares elásticos, fruto do que é o Chuteira 5, que chega neste sábado à finalíssima da sua 6ª edição.
Em quadra, Guaxupé e Taurus vão muito além do que conquistar um simples caneco, levantado em edições anteriores por Nóis Que Soma, Zanoios, Só Risada, Wake 'n' Bake e #Torce Contra, equipes que se mantêm em divisões superiores ou estão ausentes. Ambos já garantiram o acesso à Aço, agora vale cravar seu nome na história do torneio levando o caneco pra casa.
Pela primeira vez disputando o Chuteira 5, o Guaxupé terminou a fase de classificação em 3º lugar. Ao todo, foram cinco vitórias em nove jogos disputados, com dois empates e duas derrotas. O seu ataque é o mais positivo desta edição, com 49 gols, e só a dupla Luquinhas e China estufou as redes adversárias 20 vezes (10 para cada um), quase a metade dos tentos da agremiação verde e branca.
Já o Taurus chega ao final de sua terceira participação, com um semestre de “conto de fadas”. Terminou em 5º, na zona de classificação, conseguiu a sua primeira vitória na história do Chuteira (antes, tinham sido dois semestres sem uma vitória sequer) e foi derrubando gigante atrás do outro. A fórmula: raça, determinação e muita persistência. Parece que o “efeito Leicester” chegou nas quadras e, em nove jogos, uma campanha regular com três vitórias, três empates e três derrotas. Foram 31 gols marcados e, juntos, Vini e Rodrigo, o Mister Shoot Out, anotaram 17 tentos.
No setor defensivo, quem leva vantagem também é o alviverde. Em nove jogos, o Guaxupé sofreu 25 gols contra 38 dos taurinos, que só perdem para o Surf & Samba como pior defesa.
Um verdadeiro duelo de Davi x Golias, com o Guaxupé tendo como maior chamariz a qualidade do toque de bola e o ataque rápido, com uma marcação pressão a ponto de deixar qualquer adversário com falta de ar. Marcão é a segurança na meta, com Jeh e Koga carregando o piano na armação e os gols de China e Luquinhas. É um grupo equilibrado, que tem bons jogadores capazes em decidir uma partida.
Já o Taurus, além da sua raça e a vontade de vencer, o grupo ataca bem e se defende como pode. Vini, Rodrigo, Dede e Masotti são os pilares deste grupo aguerrido e confiante que dá para conquistar o caneco – eles falam disso desde a 1ª rodada. Se em campeonatos anteriores, o time era o “saco de pancadas” (coisa que falar irrita muito os jogadores) – só tinha anotado 1 ponto em 13 jogos –, a vitória contra o Casa Mimosa, na estreia da temporada, deu a confiança extra que o time precisava. O rótulo de “jogamos muito e perdemos como sempre” foi para o espaço, deixando a sensação de que só faltava um triunfo para que tudo entrasse nos eixos. E entrou. Terminou entre os seis melhores, passou por duas “batalhas na quadra laranja”, quando despachou Casa Mimosa e TeJanto, ambos no gol de ouro. Vem para a decisão com outro ânimo e com sangue nos olhos para calar a galera que cornetava – basicamente nós da imprensa!
Na primeira fase, o Guaxupé venceu por 10 x 6. Parece que foi fácil, mas não foi. Os taurinos jogaram de igual para igual, com a primeira etapa terminando em 3 x 3. Apenas nos 25 minutos finais, o resultado foi construído pelos mineiros. É a chance de “vingar” esta derrota, do mesmo jeito que fizeram na semifinal contra o TeJanto, lembrando que o Taurus perdeu dos líderes por 8 x 2 na 1ª fase. Para eles, vingar-se de mais um não será tão complicado assim, principalmente quando este jogo vale o título.
Para a final, o Guaxupé terá força máxima, enquanto o Taurus contará com o retorno de Dede, expulso contra o Casa Mimosa, porém, Eric e Masotti cumprirão suspensão e terão que assistir um possível título do lado de fora. Que hora hein, senhores...
Em cinco edições, Nóis Que Soma, Só Risada e Wake 'n' Bake levantaram o caneco de forma invicta, além de terem as melhores campanhas. Na edição passada, o #Torce Contra fez a melhor campanha, porém, perdeu na estreia. Quem andou na contramão e levou o título sem ter terminado com uma campanha excepcional foi o Zanoios, na 2ª edição do torneio. A equipe vinho encerrou a fase de grupos em 3º da sua chave (3v; 0e; 2d), passou por cima de Bronx e La Buça Romana até decidir contra o Shakthar dos Leks. Se os taurinos quiserem se inspirar e entrarem para a história do Chuteira, que tal essa do Zanoios?
Quem vai levar a melhor nesse “Davi vs Golias”: a técnica, a velocidade e o faro de gols do Guaxupé ou a vontade, a raça e a determinação do Taurus, que não terá a quadra laranja como aliada? O último ato do VI Chuteira 5 está perto, a ansiedade aumenta e estaremos bem próximos para presenciar a história.
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