Paraguay e É Verdadeee abriram os trabalhos na Série Bronze, onde a vontade falou mais alto em relação a técnica. No final das contas, os guaranís venceram por 2 x 1, todos os tentos marcados na etapa complementar e os três primeiros pontos na conta da turma de Cunha e cia.

Os 10 primeiros minutos foram resumidos em duelo pela posse de bola, passes errados, muita marcação e pouco trabalho para os goleiros Tom e Reyna. Quando os paraguayos tentaram colocar a pelota no chão, infração contra a sua ofensiva. Gui cobrou lateral para o tumulto, Cunha fez carga em cima do zagueiro e testou de cabeça para o gol, mas a arbitragem invalidou o primeiro tento da equipe. Na sequência, Carioca tentou arriscar de longe, mas a redonda parou na lua, quase atravessando todo o sistema solar.

O burrinho, por sua vez, entrou no jogo aos 12 minutos após escanteio cobrado por Guga na ponta esquerda e Doretto obrigou Tom a salvar no reflexo. Na sequência, Doretto novamente apareceu para tirar o “uh!” da torcida do EV, quando girou contra a marcação e concluiu para fora, balançando a rede externa. O gol estava longe de acontecer.

Nos minutos finais da primeira etapa, Reyna foi exigido em duas investidas paraguayas. Aos 21, Felipe acertou um petardo no meio da rua e o arqueiro azul espalmou no canto esquerdo para evitar a abertura do placar. A zaga completou o serviço em seguida. Dois giros depois, Kaue disparou pela direita e quase em ângulo, soltou a bomba para outra intervenção do camisa 1.

O otimismo para o segundo tempo melhor veio nos primeiros instantes, quando Gui cobrou lateral na direita e Trinchão quase marcou um golaço ao melhor estilo escorpião, pena que a redonda teimava em entrar e passou por cima de Reyna. A resposta do burrinho foi imediata e Madieh chegou com toda liberdade pelo meio e mandou um míssil teleguiado em direção gol, mas Tom estava lá e espalmou para a linha de fundo.

O tempo passava, torcida brasileira, e o jogo teimava em ficar em branco. Será que teríamos o primeiro ‘0x0’ do ano? Será que não teríamos emoção ou uma nova história a ser contada nesta partida? Será que este mero repórter teria que apelar a uma receita de bolo, poemas de Camões ou a letra de “Galopeira” para complementar a matéria? Não, meros mortais. Tivemos fatos para relatar e, enfim o placar fora inaugurado. Aos 14 minutos, falta frontal próxima a área do É Verdadeee, Matheus correu para a bola e acertou um chute forte, rasteiro, no canto esquerdo de Reyna para abrir o score. Habemus gol! É do Paraguay! 1 x 0!

O jogo estava tranquilo e parecia que os homens do apito seguiria o clima pacato da peleja, mas, aos 18 minutos, Júnior chegou dando carrinho em Cunha a um passo da área. A falta foi assinalada e o cartão amarelo foi dado ao camisa 18 azul. Calma aí, ele não tinha amarelo? Sim, mas o árbitro não lembrava, pior, não expulsou na hora, a falta foi cobrada na barreira e depois de muita conversa, com direito ao auxílio do VAR (Video Assistant Referees – ou simplesmente “Árbitro de Vídeo”), Júnior foi expulso, tudo voltou ao normal e com direito a fair play vermelho, o jogo seguiu.

Carioca ampliou a vantagem guaraní aos 22 minutos após conclusão na saída de Reyna. No fechar das cortinas, Raphão cobrou falta com muita raiva, a ponto da redonda explodir o travessão e ultrapassar a linha, tento que nem foi possível auxílio do VAR.

Fim de papo, 3 pontos para o Paraguay e as duas equipes voltam à quadra após o feriado de Páscoa. Os guaranís enfrentam o Faroeste, enquanto o burrinho terá pela frente a Academia Competition. 

Ficha técnica

É Verdadeee 1 x 2 Paraguay – 1ª Rodada do 16º Chuteira de Bronze

Gols: Matheus e Carioca (P); Raphão (E)

Cartão Amarelo: Júnior (E)

Cartão Vermelho: Júnior (E)

MVPs: 1 – Carioca (Paraguay); 2 – Doretto (É Verdadeee); 3 – Gui (Paraguay)