Um herói, para assim ser considerado, deve aceitar um desafio: passar por uma grande provação, cair e conseguir se levantar. Esta jornada tão comum em filmes de aventura também é plano de fundo corriqueiro nas partidas de futebol, e na grande decisão do II Chuteira 5, entre Zanoios e Shakthar dos Leks, dois candidatos ao posto de herói polarizaram a disputa pelo título.
A partida começou com o time amarelo e grená com postura muito mais ofensiva e adiantando a marcação no campo de ataque, dificultando a saída de bola do adversário e pressionando muito pelo primeiro gol. A primeira grande chance nasceu da tabela de Cahé com Gabigol, que deixou de calcanhar para o camisa 7, que vinha de trás e pegou firme na bola, colocando no canto esquerdo do goleiro Cavanha, que esticou o pé para evitar que a bola entrasse.
Shakthar dos Leks: vice-campeão do II Chuteira 5
Em contrapartida, o Shakthar não conseguia encaixar um contra-ataque. O time até melhorou na marcação e deu uma "amarrada" no jogo, deixando a primeira etapa maçante e cansativa – ora pela falta de qualidade, ora pelo calor que não permitia tanta movimentação assim. Só após a barreira dos dez minutos de bola rolando que os ucranianos conseguiram levar perigo ao gol de Terto. A jogada entre Gui Simões e Fiore acabou com Gui recebendo na frente da área, mas batendo sem tanta precisão. O chute pouco assustou o goleiro do Zanoios.
Após o não susto, o time amarelo e grená voltou ao campo de ataque decidido a abrir o placar. Em três tentativas, Gabigol, Matheus e Giaco testaram Cavanha, mas pegaram mal na bola e facilitaram ao goleirão. Na quarta oportunidade, em jogada rápida pela esquerda, Cahé centrou a bola para a área e a zaga do Shakthar afastou mal, deixando a bola pingar na frente do camisa 2, Giaco, que não perdoou. O meia-atacante do Zanoios pegou de primeira, com o lado externo do pé, e tirou o arqueiro ucraniano da jogada, abrindo o placar da final!
Muita alegria e fotos na entrega das medalhas aos campeões
Até então, os dois candidatos ao posto de herói continuavam ofuscados pelo sol, mas o primeiro a ser desafiado foi Fiore, atacante do Shakthar que fez um campeonato muito regular, vencendo as defesas adversárias durante todos os jogos da primeira fase e brilhando no gol na semifinal da competição. Fiore teve a última grande chance do primeiro tempo, mas falhou: lindo lance de Tarone pela esquerda acabou em cruzamento rasteiro para o meio da área que encontrou o atacante livre, mas Fiore errou feio e perdeu um gol feito. Na verdade, ele furou na hora do chute. Era a queda do herói.
O sol saiu de cena na segunda etapa e deixou o duelo mais interessante. As duas equipes passaram a valorizar muito a posse de bola, e o Shakthar passou a martelar mais vezes a defesa rival. O primeiro lance de perigo foi após cobrança de escanteio que Tarone pegou de primeira na ponta direita, mas Terto estava bem posicionado e conseguiu evitar que o empate acontecesse ainda nos primeiros minutos da nova etapa.
Dentro e fora de campo: Até pra tirar foto o capitão Gui Simões é o organizador do time
E foi ali que o outro candidato ao posto de salvador da pátria apareceu e começou também sua jornada. Matheus, armador do Zanoios, perdeu um gol cara a cara com o goleiro. Alguns minutos depois, o Shakthar chegaria ao empate e isso parecia mexer com os dois protagonistas de maneiras diferentes: Fiore se motivou; Matheus se apagou. E, assim como seu armador, o Zanoios também parecia "acusar o golpe". Aos quinze minutos, Barriga apareceu livre na entrada da área e completou de cabeça o cruzamento de escanteio da esquerda, encobrindo Terto e acertando o ângulo superior esquerdo, deixando tudo igual no marcador.
O tento de empate serviu para trazer o Zanoios de volta ao jogo e, praticamente na saída de bola, uma escapada rápida pela esquerda achou o camisa 20, Caique, entrando como uma flecha pelo outro lado da defesa. O atacante pegou de primeira, num chute cruzado, acertando a bochecha da rede de Cavanha, que se esticou todo e não conseguiu evitar. Logo ele, que havia segurado todas as chances do segundo tempo, brilhando como o melhor goleiro da final.
Gui Simões, do Shakthar, saiu de campo com o vice-campeonato e o troféu de MVP da competição
Mas nenhum dos candidatos à herói ainda tinha tido a oportunidade de finalizar sua jornada. Então, Fiore foi o primeiro e, no apagar das luzes, aos 22, aproveitou a bola que sobrou dentro da área e completou de primeira pro fundo do gol, marcando 2 x 2 e sua volta por cima na partida, que agora iria para a disputa de prorrogação em sistema de gol de ouro.
Então, no tempo extra, chegou a vez de Matheus redimir-se. Ele que brilhou no campeonato inteiro e fez uma partida regular, armando bem seu time, mas sem conseguir chegar no gol, tinha como próxima meta dar o título ao Zanoios. Mas o Shakthar quase colocou água no chopp: Ungaro fez grande jogada pela esquerda e preferiu bater no gol, deixando dois companheiros livres e desesperados no meio da área. Então, os "deuses do futebol" decidiram glorificar a jornada de um certo camisa 18. Em contra-ataque, Vitão recebeu na esquerda e rolou para o meio. Matheus chegava de trás e pegou muito bem na bola, colocando entre a trave e a mão de Cavanha. O gol dourado serviu de marco para a volta por cima do armador, que em poucos instantes foi erguido nos braços dos companheiros, em glória digna de um verdadeiro herói de título.

Assim, no gol de ouro o Zanoios se sagra campeão do II Chuteira 5, após primeira fase irregular. Porém, no mata mata, tanto o campeão quanto o Shakthar desbancaram favoritos e chegaram com merecimento. Em 2015, o desafio de ambos os times, mais Tucho e IRA, será o V Chuteira de Aço.
Ficha técnica
Zanoios 2 (1) x (0) 2 Shakthar dos Leks – Final do II Chuteira 5
Gols: Giaco, Caique e Matheus (Z); Barriga e Fiore (SdL)
Cartão amarelo: Caique (Z)
MVPs: 1 - Matheus (Zanoios); 2 - Gui Simões (Shakthar dos Leks); 3 - Giaco (Zanoios)
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